sábado, 24 de outubro de 2015

Há dois dias, desdramatizei a possibilidade de um governo de gestão. Hoje, acho que estava errado. Um governo de gestão é inviável. E cada vez mais me parece que um governo do PS é uma inevitabilidade. E, sendo assim, o melhor é não adiar. É entregar as chaves a António Costa o mais depressa possível. 

Vai ser um desastre? Muito provavelmente, sim. Mas qualquer outra solução será bloqueada pelo parlamento até isso acontecer. Assim, mais vale fazê-lo já. Quanto mais depressa lhe entregarem as chaves, menos desculpas terá para a merda que vai fazer.

PS Neste assunto, é muito possível que eu mude de opinião diversas vezes.

7 comentários:

  1. Um governo de gestão será inviável desde logo porque os partidos da coligação podem nem estar interessados nisso. O mal já está feito.

    Aconselho quem tem poupanças a precaver-se. Não deixem para a última, pois depois pode já ser tarde.

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  2. Um governo de gestão é inviável, desde logo porque o parlamento pode passar as leis que entender para esse governo executar.

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  3. Um governo de gestão seria, a meu ver, um disparate, mas com o actual presidente nunca se sabe. Poe outro lado penso que a coligação PSD-CDS não estará nada interessada em governar nessas condições.

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  4. O Costa num governo iria fazer o que o Tsipras fez: tentar ficar famoso. Os seus esforços para formar governo devem ser bloqueados dentro do que permite a lei.

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    1. Não há hipótese Rita. Ele neste momento tem poder para tornar Portugal ingovernável e é cada vez mais claro que é isso que fará. Entregar-lhes as chaves do governo é a forma de minimizar os estragos e de o poder responsabilizar nas próximas eleições.

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    2. Luis, isto só ia ao sítio com uma renovação "a sério" das lideranças (e aparelhos) dos dois principais partidos. Está tudo demasiado inquinado e tem tudo demasiada falta de qualidade. Infelizmente, parece que isso só vai ocorrer "a mal".

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  5. Luís, totalmente de acordo como quase sempre. Avancemos para o próximo e (a meu ver) único passo razoável o mais rapidamente possível (ou, dito de outra forma, acolha-se a primeira, mas apague-se a segunda metade do discurso do PR da face da terra).
    Aliás, acrescento, quanto a este "totalmente de acordo", tenho tido duas "almas gémeas" do comentário económico e político atual, o Luís e o Henrique Monteiro. Pena é que o A. Costa performativamente vos tenha declarado inconciliáveis, deixando-me numa terrível crise de identidade.
    Abraço

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