terça-feira, 13 de outubro de 2015

Re: Das consequências não antecipadas

José António Abreu escreve aqui que, se eu e outros nos enganámos quando votámos PS, a culpa é nossa. O argumento é que Costa foi suficientemente explícito na sua campanha para ser absolutamente claro que uma coligação com a CDU+BE estava em cima da mesa.

Se, de facto, é assim, então nada há a dizer. Mandam as regras mais elementares da democracia que o governo seja entregue à coligação Frente de Esquerda, que engloba PS+CDU+BE. Qualquer outra coisa que Cavaco faça será uma violação do mandato popular que resultou destas eleições. E, mais uma vez sendo assim, acho muito esquisito que José António Abreu não tenha defendido, logo a seguir às eleições, esta solução de esquerda. Se é um democrata, então deve respeitar o resultado das eleições.

3 comentários:

  1. Formalmente, não a contesto. Daí a desejá-la vai a distância entre pretender - dentro das circunstâncias existentes - o melhor ou o pior para o país.

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    1. "Formalmente, não a contesto."
      Mas é isso que eu não compreendo. Se era assim tão óbvio antes da noite eleitoral que ao se votar PS se estaria a votar por um governo PS+CDU+BE, então é um facto que quem ganhou foi o PS+CDU+BE. Sendo assim, mandam as regras de democracia que mais do que aceitar essa solução, devemos defender essa solução.

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  2. Além de que, pelos vistos, muitas pessoas não contavam mesmo com esta atitude de Costa quando foram votar - uma questão que, não me dizendo directamente respeito, tem potencial para me afectar (daí ter escrito que, apesar de tudo, é útil que o refiram).

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