terça-feira, 13 de outubro de 2015

É só um pormenor

Uma pessoa ouve e lê alguns comentadores de esquerda e direita e pasma. Embora considere que uma coligação pós-eleitoral do PS com os dois partidos da esquerda radical carece de legitimidade política, Miguel Sousa Tavares vê um "lado divertido" na actual situação política. A coligação cantou de galo antes do tempo. Fizeram, espanto dos espantos, discursos de vitória na noite eleitoral. Agora, devido a essa imprudência, devem estar a tremer de medo de Costa. Que divertido, de facto.
João Miguel Tavares aconselha a direita a tomar xanaxs para acalmar. Não se passa nada. Uma coligação de esquerda tem toda a “legitimidade democrática” para governar. Os programas do Bloco e do PCP são “inapresentáveis” para consumo Europeu? E depois? Então só o PSD, CDS e PS é que podem ter o privilégio de enganar os eleitores? Parece que o euro, o tratado orçamental, a economia de mercado são pormenores equiparáveis a descer ou não impostos, a subir ou não salários e prestações sociais. Ainda por cima, se o PS avançar para o governo apoiado pela esquerda radical, a coligação ganha as eleições com “maioria absoluta” daqui a “sete ou oito meses”. Que grande “negócio” para a coligação, de facto.
Podemos estar descansados. A acreditar nos nossos comentadores, o caos político e económico, anunciado pelas jigajogas de António Costa, é apenas um pormenor. Entretanto, o melhor é desfrutarmos do momento.

2 comentários:

  1. Concordo. A actual situação política ainda vai dar numa maioria da coligação PSD/CDS! Tenho a certeza que muitos eleitores teriam tido um sentido de voto diferente se soubessem que era este o desfecho!...
    Manuela Carvalhosa

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  2. Eu percebo, na medida em que ainda ontem dizia: "estou quase com vontade de desistir, dizer "governem lá para ver o lindo serviço" e esperar sentada que o governo de esquerda impluda. Depois lembro-me que até gosto de Portugal..."

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