terça-feira, 27 de outubro de 2015

Portugal visto de fora: nem foi tão bom, nem é tão mau (por agora…)

As notícias que correram lá fora sobre o golpe de Estado em Portugal talvez ajudem a perceber um dos maiores enigmas da economia portuguesa: tendo a economia estagnado a partir do ano 2000, os mercados continuaram a emprestar-nos dinheiro alegremente. É verdade que isso também aconteceu nos outros países que acabaram resgatados. Mas estes, até a crise rebentar, tinham boas taxas de crescimento para mostrar. Ou seja, lá fora não faziam a mínima ideia do que se passava por cá – verdade seja dita que muitos de nós também não. Pelos vistos agora também não fazem – fora e dentro. Em relação aos de fora, talvez não seja pior.

1 comentário:

  1. Tendo vivido no estrangeiro muitos anos, ganhei um hábito que ainda mantenho mesmo depois de regressada à pátria: googlo "Portugal" no meu computado que sempre falou inglês e vejo que notícias me aparecem. Durante anos a fio só dava futebol e algumas coisas turísticas. Depois passaram a dar notícias catastróficas dum país à beira do abismo, que digo eu, no fundo do dito. Ultimamente tínhamos voltado ao futebol e às notícias turísticas (de qualidade excepcional hoje em dia, aliás, e foi assim que descobri os truques do Adolfo Mesquita Nunes). Agora foi o despautério despoletado pelo caro Ambrose Evans-Pritchard, mas devo dizer que, dum modo geral, passamos imenso por baixo do radar, o que a mim também não me parece mal. Curiosamente, nas caixas de comentários vêem-se quase sempre comentários muito afectuosos em relação ao bom povo português.

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