Eu não disse nada porque ele ia atribuir ao despeito (bom, é possível que agora me leia e fique a saber o que penso e tire conclusões), mas ele e a Ana conhecem-se há meio ano, namoram há 5 meses. Eu não duvido de que ela seja a mulher da vida dele - faço votos de que vivam felizes para sempre. a sério. sem ironia. Mas aos 5 meses de namoro ela ainda adora que ele pegue no menu do restaurante e decida o que ambos vão comer (sim, ele tem esse hábito); ainda está naquela fase de encantamento que o acha tão fofo e gastronomicamente sapiente. Talvez um dia comece a achar que aquela é uma forma de ditadura. Talvez não. E ele ainda adora que ela lhe ligue de hora a hora, a saber como ele está (e onde e com quem e a fazer o quê), porque ela está tão apaixonada que não aguenta ficar sem lhe falar - e ele está tão apaixonado que não considera que aquilo possa ser ciúme (patológico, eventualmente). Talvez um dia comece a equacioná-lo. Talvez não. O ponto é que me parece uma decisão prematura. E, sobretudo, motivada por aquilo que não devia ser o motivo para duas pessoas decidirem partilhar as suas vidas: as contas para pagar. Se antigamente quem casava queria casa, hoje o contrário parece fazer mais sentido.
Um blogue de tip@s que percebem montes de Economia, Estatística, História, Filosofia, Cinema, Roupa Interior Feminina, Literatura, Laser Alexandrite, Religião, Pontes, Educação, Direito e Constituições. Numa palavra, holísticos.
domingo, 31 de maio de 2015
Quem quer casa casa
sábado, 30 de maio de 2015
Onde é que se encomenda isto?
Ainda os filmes...
- OK, Lauren...
- Bacanall?
- Sim! Quero um bacanall...
- Com os gendarmes de Casablanca? (Sim, eu sei, estou a misturar alhos com Bogartalhos)
- Hahahaha... The more the merrier!
Humor hitchcockiano
A passadeira
WTF, NSFW!!!
Eu vou confessar-vos um segredo: às vezes, apetece-me postar coisas que são NSFW, mas eu resisto com muita dificuldade. Ah, e também tenho vontade de meter aqui uma fantasia sexual que eu escrevi por causa do "Fifty Shades of Grey". Quando eu li o primeiro livro (não consegui ler mais) fiquei tão aborrecida que pensei "A minha cabeça é muito mais excitante do que isto. Anda lá, Rita, inventa lá uma coisa sexy--não sejas preguiçosa, mulher!" E inventei, só porque sim, e depois escrevi-a. Até, se calhar, dava para a campanha de natalidade...
sexta-feira, 29 de maio de 2015
Política monetária...
Também tu, análise de dados!
Mas vamos falar a sério, porque quando eu sou brincalhona, vocês não percebem o que eu digo. Vamos lá a um Q&A, para ver se nos entendemos:
- Então o que é o PIB?
O PIB, de uma forma simplística, é o valor de tudo o que é produzido na economia. Se nós multiplicarmos as quantidades das coisas pelos respectivos preços e adicionarmos tudo, encontramos o PIB (é mais complicado do que isto, mas é porque nós economistas temos de justificar ganhar bom dinheiro). - E como é que as coisas são feitas?
Tudo é feito com energia. - Qual é a energia mais utilizada?
Parece que é o petróleo... - E o que é que aconteceu ao petróleo no último trimestre?
O preço do petróleo baixou. - O que é que isso faz à valorização de tudo o que é produzido?
Reduziu os custos e gerou desinflação. - Neste contexto, por que razão o PIB americano diminuir é surpreendente ou é um mau augúrio?
Não é.
Mesmo usando preços reais, é muito difícil avaliar o efeito da descida do preço do petróleo na economia. Se eu sei que os custos de produção vão diminuir e os preços também, que incentivo tenho eu para comprar coisas quando eu sei que o que for produzido no mês que vem será muito mais barato?
Conclusão: vão rever a crítica de Robert Lucas. Quando há mudanças estruturais, confiar apenas em dados históricos para retirar conclusões, leva a que se conclua merda.
A cadela da Lady Gaga
“I stole Mommy’s cellphone and will be posting photos all day long. I HAVE A BIG ANNOUNCEMENT! I love to eat while I sketch my ideas for the fashionable puppy line I’m starting! I get hooked up with the finest in puppy products, so I really have a knack for what’s quality. My vision is to find creative & functional ways for pets and their owners to bond! ORGANIC GRAIN-FREE LOCAL FARM INGREDIENTS are the best for our body and brain. That’s what I eat! That’s why I’m inspired to also create A Pet Food Line.”
Talvez vocês ainda não se tenham apercebido, mas a comida de cão gourmet é muito cara e lucrativa. Estamos a falar de margens entre preço e custo dos ingredientes acima de 300% (notem que isto não é o lucro, pois esta margem não inclui os custos de produção, mas os lucros também são extremamente altos, mas eu não tenho um valor concreto para vos dar). Isto não irá durar para sempre, porque lucros anormais não são sustentáveis no longo prazo numa economia de mercado.
Há duas vias pelas quais estes lucros irão diminuir: uma é pela entrada de novos produtores, o que irá baixar o preço da comida gourmet de cão para o consumidor; outra é pelo aumento do custo dos ingredientes. Imaginem que não há ingredientes para fazer face à procura. Basta uma companhia, que produza comida gourmet, decidir aumentar a sua produção e os planos encalham logo por falta de ingredientes--foi isto que aconteceu a um cliente meu quando eu trabalhei em consulting. Nesse projecto, tive de ir à caça de fontes alternativas de ingredientes por todo o mundo e de formas como o cliente podia gerir o risco do custo dos mesmos.
As companhias que produzem comida de cão têm de competir por certos ingredientes no mercado de ingredientes para comida humana, que é muito mais caro. E mesmo assim, até para os humanos não há oferta suficiente e as companhias têm de contratar directamente com produtores que produzem commodities de acordo com critérios de qualidade pré-especificados, como é o caso do Chipotle (está na minha lista escrever um post sobre eles).
Logo, quem quer investir em agricultura e pecuária em Portugal, esta é uma óptima oportunidade de especialização: os ingredientes gourmet e biológicos estão em grande falta no mercado, com tendência para a situação se agravar.
Beleza
"What is most beautiful in virile men is something feminine; what is most beautiful in feminine women is something masculine."~ Susan Sontag, Against Interpretation, 1966
Esperança
Apanha-me na Esperança,
Oferece-me a tua mão.
Guia-me por horas a fio,
Com mão firme,
Voz de capitão.
Larga-me em Segurança
Com o mais doce dos adeus.
Pela noite dentro, desde Esperança,
Carregaste-me nos braços teus.
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Acerca de sucesso
Gostei particularmente da forma como ela descreveu sucesso: não o fez de forma fechada, como se o sucesso de alguém ficasse reduzido ao indivíduo que o tem; mas sim de forma aberta, diz ela que uma pessoa que tem sucesso deve construir uma ponte que une os que não têm voz ao resto do mundo.
"So the first thing that success gives you is financial independence. That’s great. The second thing that success gives you is a voice. You have a voice. All of a sudden, people listen to you, pay attention to what you say. And what I feel is that if you acquire that, it’s your duty, responsibility and also privilege to use that voice for people who have no voice. That’s my description of success."~ Diane von Furstenberg
Entre Memphis e Little Rock...
- tem o maior aeroporto de carga do mundo,
- tem quatro aeroportos regionais próximos (West Memphis, Blytheville, Olive Branch, e Millington),
- tem o segundo maior porto fluvial dos EUA e tem outros portos fluviais na proximidade, ao longo do Rio Mississippi,
- é servida pelas auto-estradas interestaduais I-40 (este-oeste) e I-55 (norte-sul),
- é um "hub" importante de camionagem,
- é um "hub" importante de caminhos ferroviários para a transportação de mercadorias, e
- o sector de informação e comunicações está em forte crescimento na zona
Ontem, ao viajar de Memphis para Little Rock durante o dia, ao longo da I-40, fiquei surpreendida com a quantidade de camiões em ambas direcções. Nunca vi tanto movimento e já fiz este percurso muitas vezes. Aqui está um vídeo, que eu fiz:
Comparem o movimento destas auto-estradas com o movimento das auto-estradas portuguesas para verem a diferença entre uma economia que funciona razoavelmente bem e uma que não tem sangue a correr nas veias. Auto-estradas vazias não são um recurso; são um custo.
Sobre a continuidade de Carlos Costa
Modernices II
Modernices
quarta-feira, 27 de maio de 2015
As for tonight...
O melhor BBQ de Memphis
terça-feira, 26 de maio de 2015
A NOS pede desculpa...
Chegou um email às 11:37 de Memphis. Suponho que lhes demorou mais de uma hora a enviar o email porque este não é dos enlatados, como o atum. Este foi escrito especificamente para mim! Ora, digam lá que eu não sou uma miúda importante? Sai a minha foto no jornal, há e-mails escritos especialmente para mim, recebo telefonemas no outro lado do Atlântico a pedirem-me desculpa. Se o John Barry fosse vivo, estaria a escrever a banda sonora para este filme...
A vida seria tão, mas tão mais bela se TODOS os gatos pingados que tivessem problemas com a NOS, e outras companhias como a NOS, tivessem este tipo de tratamento que eu tive hoje, SEMPRE. Mas não, porque para eu ter este tratamento, tive de armar banzé! Reparem que eu até tenho a reputação de ser uma grande sonsa porque eu sou calada e não tenho grande afinidade para conflitos e manufactura de escabeche--no entanto, tenho muito talento para partir pratos, quando a situação o exige. Este foi o caso!
Eu ando a vender Portugal aos estrangeiros, a dizer que é um sítio porreiro para se visitar; os meus amigos holandeses, franceses, americanos, etc. querem que eu lhes mostre Portugal porque acham-me uma rapariga porreira, e confiam em mim e no meu gosto. Ainda no final de Abril dizia eu a uma amiga americana que ela podia ir a Portugal passar um mês ou dois de vez em quando, dado que ela está prestes a reformar-se e seria uma experiência gira para ela. Agora tenho medo que ela vá e lhe aconteça qualquer coisa.
O mínimo que eu exijo pelo meu esforço e pelo esforço de todos os que trabalham para que Portugal ande para a frente é que as maçãs podres que existem em Portugal, como estas pessoas que trabalham para a NOS e entopem a justiça portuguesa, apodreçam de uma vez por todas e desapareçam--shoooo, vão à vida, ó maçãs podres, estamos fartos de vós, ó NOS... Se estas pessoas não sabem construir, não ajudem a destruir o país.
Não custa nada tratar as pessoas com respeito e respeitar a lei da terra. É isso o que é ser um bom cidadão. Experimentem--até faz bem à pele e tudo!
Experiência versus conhecimento
A NOS continua a assediar-me...
Notem o nível de asco da correspondência! A carta diz que me deram oportunidades de eu pagar a prestações, o que aos olhos dos advogados da NOS, faz da NOS uma companhia adorável. É pena que eu nunca tenha visto essa oferta; logo, mais uma coisa que faz da NOS uma companhia mentirosa. Esta carta também me diz que, muito provavelmente, a NOS diz que investiga um caso, mas o modus operandi é nunca desistir de um caso por mérito e seguir sempre a via do tribunal, sobrecarregando a justiça e passando o custo da sua incompetência para os contribuintes portugueses.
Eles decidiram desistir do meu caso porque eu fiz barulho nas redes sociais e o meu post foi partilhado por blogues como "O Insurgente". Não teve nada a ver com o mérito dos meus argumentos. Depois, como são estúpidos, esqueceram-se de tirar o meu nome da lista de vítimas e enviaram a carta.
Isto é uma clara violação da lei portuguesa, uma afronta à dignidade das pessoas, e uma péssima gestão de recursos. Pensem nisso quando contemplarem comprar algo da NOS; pensem nisso quando quiserem investir na NOS. Sabem o que eu quero? Eu quero que quando ouçam o nome NOS o associem a uma companhia mal gerida que não terá problema nenhum em assediar-vos e perseguir-vos quando lhe der na real telha.
Mas nem tudo é mau, porque isto também é uma razão pela qual eu vou fazer queixa destes advogados à Ordem dos Advogados e vou escrever à Ministra da Justiça a perguntar por que razão os meus impostos estão a ser gastos para manter um sistema de justiça que serve uma companhia terrorista que gosta de perseguir cidadãos que obedecem à lei.
Caros governantes de Portugal, quando falam em competitividade, a que competição se referem? É aquela em que as companhias competem entre si para ver quem trata pior as pessoas? É para isto que nós vos pagamos salários?
Ó querido CEO da NOS, já sinto pena de si por ter empregados que contratam um escritório de advogados tão mau: eles mentem, violam a lei, são mal-educados ao telefone. Não faz mal, terei muito prazer em ser o vosso Quebra-NOS. Querem luta? Encontraram a pessoa ideal! Bring it on...
P.S. O meu procurador é um amigo meu, que é meu procurador para efeitos fiscais, ou seja, para lidar com o Ministério das Finanças, mas a NOS gosta muito de me enviar correspondência ao cuidado dele.
Houston, we have a problem!
Já sei o que estão a pensar! Será que vai haver algum "public official", que vai dizer "There is no solution!"--"Não há solução!". Só se tiver um desejo de morte. Em Houston, quase toda a gente tem armas. Não convém irritar a malta quando a malta já está um bocadinho irritada...
Flash #flood emergency thru 6a for part of Houston metro. ~11" rain SW Harris Co. #Houstonflood pic.twitter.com/URo7mISi5O
— TWC Breaking (@TWCBreaking) May 26, 2015
Wow: When was the last time a flash flood emergency was issued for Houston?
@NWSHouston: First time. Never been done before. #houstonflood
— Justin Abraham (@jjabraham) May 26, 2015
segunda-feira, 25 de maio de 2015
Creativity in living
"The man who follows the crowd will usually get no further than the crowd. The man who walks alone is likely to find himself in places no one has ever been before.
Creativity in living is not without its attendant difficulties, for peculiarity breeds contempt. And the unfortunate thing about being ahead of your time is that when people finally realize you were right, they’ll say it was obvious all along. You have two choices in your life; you can dissolve into the mainstream, or you can be distinct. To be distinct, you must be different. To be different, you must strive to be what no one else but you can be . . . " *
* By Alan Ashley-Pitt (Aardvarque Enterprises, 116 W. Arrellaga Street, Santa Barbara, California 93104).
Disse claramente dito
- Não era preciso tanto. Bastava dizeres-lhe que hoje não tinhas disponibilidade.
Re: Espelho meu, quem é mais liberal do que eu?
Honestidade e boa-fé
Li claramente lido
"AVISO
Por motivos de ordem técnica, não é posível satisfazer o seu pedido neste momento.
Por favor tente mais tarde."
Uma vez que o acesso ao Portal se devia à entrega da declaração de IRS, apetece responder desta forma:
"AVISO
Por motivos de ordem financeira, não é possível satisfazer o vosso pedido neste momento.
Por favor tente noutro lado."
domingo, 24 de maio de 2015
Coisas de pessoas...
Uma característica comum a muitos dos meus amigos é a forma como eles vêem o mundo. Eles não vêem coisas; eles vêem pessoas e em algumas coisas vêem-me. Frequentemente, dizem-me, "Isto és tu.", "Isto fez-me pensar em ti." O que é isto? Às vezes, é arte, livros, peças de roupa, restaurantes, pastelarias...
Ontem, isto foi um poema de José Régio, interpretado por João Villaret, que apareceu no meu iMessage mesmo antes de eu chegar a Texarkarna, TX. Um dos meus amigos decidiu enviar-mo porque eu tinha dito que ia ouvir livros audio na minha viagem e ele sabe que eu adoro poesia.
Agora, partilho-o convosco. Talvez vos dê o mesmo prazer que me deu a mim...
A Rita: do Texas para o DN, com o patrocínio da NOS
Leituras relacionadas: Sou vítima de fraude e A NOS desistiu
sábado, 23 de maio de 2015
On the road...
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Queridos homens: mais um golpe contra vós...
The rabbi is a self-described religious nationalist, meaning he’s devout but accepts most aspects of modern life, and that makes some ultra-Orthodox people, or haredim, as it’s referred to in Hebrew, skeptical of his authority. “Of course, I could find them rabbis, but these women come from serious haredi families, who aren’t going to listen to a religious nationalist,” says Alexander, sitting among fellow yarmulke-wearing patrons. “Instead, I offered to find her the right product that replaces the man.”
Ah, e a descrição do vibrador parece muito interessante e ainda por cima o rabi mora ao pé de uma adega! Se calhar eu devia meter isto na minha lista de Natal porque afinal Cristo era judeu e o vibrador deve passar "o teste de cheiro" de brinquedos permissíveis. E eu sou muito brincalhona...
The device, he explains in incrementally hushed volumes at a winery by his home in the Gush Etzion settlement, is a sex toy of rotating silicone.
Risco de SIDA na população portuguesa
Neste caso do SIDA e dos homossexuais, estão a usar-se pontos para construir tendências: tenta-se responder a um problema dinâmico usando análise estática. Foi por isso que Portugal acabou na bancarrota, foi por isso que a crise sub-prime estoirou. Já aprenderam a lição? Não, claro que não, continuamos na mesma como a lesma.
Porque é que o VIH é mais prevalente nos homossexuais? Por duas razões: (1) no passado este segmento da população tinha comportamentos mais arriscados e o vírus espalhou-se com mais rapidez; (2) entretanto encontraram-se tecnologias que permitem gerir a doença e a taxa de sobrevivência de quem é seropositivo aumentou.
O que é que isto quer dizer? Quer dizer que se estes dois factores mudarem, o nível de risco de contágio na população homossexual fica diferente. Que grande surpresa! Reparem, também, que à medida que o tempo passa, os homossexuais seropositivos mais velhos morrem e as gerações mais jovens não têm tanta prevalência de VIH, logo o número de portadores do vírus tem tendência a diminuir nos homossexuais. Mas porquê, ó Rita, sua maluca?
Então e o que é que mudou, perguntais vós? Mudaram os comportamentos de risco. Hoje em dia, o virus do SIDA espalha-se mais rapidamente na população heterossexual. Não acreditam? Leiam com os vossos próprios olhos este relatório das Nações Unidas de 2010, onde se estuda o vírus do SIDA nos países de língua oficial portuguesa. Diz lá, na página 101, o seguinte:
Do número total de infecções reportadas, foram reportados em
- homossexuais: 1983-2007, 13%; 2006-2007: 9%,
- heterossexuais: 1983-2007, 35%; 2006-2007: 44%,
- consumidores de drogas injectáveis: 1983-2007, 47%; 2006-2007: 34%,
- transmissão mãe-filho: 2006-2007: < 0,2%.
- relações homem-homem: 1983-2007: 11%; 2006-2007: 19%.
- em consumidores de drogas injectáveis: 1983-2007: 42%; 2006-2007: 19%.
- relações heterossexuais: 1983-2007: 42%; 2006-2007: 60%.
- transmissão mãe-filho: 1983-2007: 0,8%; 2006-2007: 0.9%
Depois, o relatório tem esta pérola:
A via heterossexual é o modo de transmissão mais freqüente, conforme mostra o gráfico 5. Outras vias de transmissão importantes são: por meio do compartilhamento de instrumentos para o uso de drogas injetáveis e a transmissão sexual entre homens que fazem sexo com homens. Até o ano de 2003, a transmissão do VIH pelo uso de drogas injetáveis foi o modo de transmissão mais freqüente (Gráfico 6).
Ou seja, percebem agora que o problema é dinâmico e não estático? Como se verifica ao ler o relatório, o nível de risco está a crescer nos heterossexuais e a diminuir nos homossexuais. O Instituto Português de Sangue acha por bem eliminar o grupo onde o risco desce e voltar a associar o VIH a homossexuais, quando devia estar a despender mais esforço em diminuir o risco nos heterossexuais. Como é que ao eliminar o grupo onde o risco diminui mais depressa se acaba com um risco total mais baixo? É pá, eu tenho dificuldades em fazer contas de cabeça, deve ser isso a razão porque isto não computa na minha cabeça... Porque é que vocês se admiram de Portugal ser um país pobre? Quem toma decisões pobres não costuma acabar rico.
Mas as coisas ainda são muito mais engraçadas do que isto! É que numa dissertação de 2003 identificaram-se os comportamentos sexuais dos jovens portugueses para avaliar o risco de VIH e, surpresa, ricos! Os jovens são muito descuidados. Eram uns malandrecos há 12 anos, acham que agora estão mais atinadinhos? Então eles até fazem canções sobre "Hoje ficas cá em casa, uma vez não são vezes." Para onde é que ela vai as outras vezes, meus amores?
Então diz a dissertação a propósito do SIDA que:
Verificámos que 74,4% dos adolescentes do meio não urbano adoptam um comportamento de risco, sendo o valor de 71,2% para os adolescentes do meio urbano. De salientar que 28,8% dos adolescentes do meio urbano têm um comportamento preventivo sendo este valor de 25,6% para os adolescentes do meio não urbano.
[...]
Verificámos que 90,6% dos adolescentes do meio urbano têm atitudes de risco, sendo este valor de 83,3% para os adolescentes do meio não urbano. De salientar que 16,7% dos adolescentes do meio não urbano têm atitudes preventivas, sendo este valor de 9,5% para os adolescentes do meio urbano.
[...]
Face aos resultados observados e da análise efectuada, é urgente uma maior contribuição de todos na prevenção da SIDA, proporcionando uma informação adequada e persistente, que permita aos adolescentes optar por estilos de vida mais saudáveis.
Viva Portugal! Somos geniais, vamos ser ricos com probabilidade 100%. Já fizemos a análise de dados, está tudo certinho...
quinta-feira, 21 de maio de 2015
O voo que mudou o mundo
Mudar o nome das coisas
Palavras
E dele colhi as palavras,
Que depositei no teu rosto
Em forma de beijos que te dava.
Pela noite dentro li-te
E escrevi as minhas mágoas
Nas páginas que me ofereceste,
No teu corpo cheio de fráguas.
Ao amanhecer adormeci,
Num sono profundo e justo.
Sonhei seres parte de mim:
A semente do meu fruto.
Estabilizar a estrutura orgânica do Governo: uma boa proposta do Programa Eleitoral do PS
A NOS desistiu
A NOS desistiu de me assediar na terça-feira, 19 de Maio. Demorou exactamente 12 dias desde que eu soube que eles diziam que eu lhes devia dinheiro até eu receber um telefonema a dizer que já não devia nada. Entre essas duas datas, quase toda a gente com quem eu falei achava que o caso iria ser uma grande chatice de resolver e iria provavelmente envolver advogados, tribunal, e alguma despesa.
Quando eu mostrei surpresa por estar envolvida num caso tão parvo, alguns dos meus amigos ficaram surpreendidos da minha surpresa. Senti-me uma bocado como a Dorothy n'O Feiticeiro de Oz: "I've a feeling we're not in Kansas anymore!", mas como dizemos na companhia onde eu trabalho, "It is what it is!" As coisas são como são e não como nós queremos que elas sejam, logo cabia a mim identificar oportunidades na situação onde me encontrava. E, nesse aspecto, a informação que todos vós me destes e que a NOS me deu foram essenciais para eu delinear uma estratégia de defesa e contra-ataque.
Uma coisa acerca de mim: eu não gosto de conflito, mas eu adoro adversidade. Uma vez, uma pessoa para quem eu trabalhei ficou muito surpreendido comigo e disse-me "You thrive in adversity!" Pois é, isto deu-me uma grande dose de adrenalina. Até vos confesso que uma parte de mim teria tido grande prazer de ver esta companhia explicar o meu caso a um juiz.
Gestão de Informação
Pelo que vocês me disseram, usar os métodos convencionais para lutar contra estas companhias não nos protege emocionalmente nem financeiramente. Muitas pessoas acabam por perder imenso tempo, dinheiro, e paciência para corrigir uma situação que deveria ser trivial e que não deveria ser conflituosa, mas sim de cooperação entre a companhia e a vítima. Para além disso, ser inocente das acusações ou ser culpado é completamente irrelevante na forma como somos tratados pela companhia. Fiquei também a saber que o estado português tem pouco ou nenhum interesse em corrigir e/ou minimizar a perversidade destas situações.
O que é que eu aprendi da NOS? Eu aprendi que a companhia não trata as pessoas com respeito, tenta intimidar e assustar para que as pessoas paguem só para se ver livres deles, e há violações da lei portuguesa e abusos no uso da justiça. A NOS está tão convencida que pode fazer o que quer e lhe apetece que chega ao cúmulo de ser incompetente em documentos oficiais e na comunicação com a vítima. Alguns exemplos: enviam-me uma carta com uma data de 30/4/2014 em Maio de 2015 para uma dívida que prescreve ao fim de seis meses e ainda por cima ameaçam penhora; quando eu falo com eles ao telefone, invertem o ónus da prova e mentem acerca da informação que já receberam; e recusam-se a apresentar provas que substanciem a sua causa.
Como é que eu interpreto a informação?
- Não acredito que o processo de penhora se dê tão rapidamente em Portugal, nem percebo como é que os tribunais aceitam que as companhias metam processos deste tipo em tribunal. A prescrição ao fim de seis meses serve para aligeirar o número de processos em tribunal, mas as companhias não só continuam a iniciar processos legítimos, como iniciam muito processos frívolos para os quais não têm sequer provas suficientes para os ganhar--vocês contaram-me alguns destes casos. Isto diz-me que o sistema de justiça falha com uma probabilidade muito alta e compensa este tipo de comportamento para estas empresas.
Usando métodos estatísticos, seria muito fácil para o estado meter estas companhias na ordem, bastava ver coisas como o número de desistências dos processos, o número de processos iniciados, o número de queixas contra estas companhias, etc. Também seria muito fácil exigir que companhias como a NOS submetessem os dados relevantes dos casos: por exemplo, as datas relevantes, contratos, etc. e permitir aos clientes acusados ir a tribunal e mostrar os seus documentos. Se o cliente conseguisse apresentar documentos que anulassem a contenção da companhia, então o caso seria imediatamente anulado sem haver necessidade de se arrastar ou de se dar em tribunal e a companhia pagava os custos por ter iniciado um processo frívolo.
- A NOS e outras companhias semelhantes exploram falhas de mercado. Uma das falhas é obviamente poder de mercado: estas companhias conseguem manipular o sistema, pois têm acesso a recursos ilimitados para perseguir um cliente, mas o cliente tem acesso a recursos bastante limitados para se defender, pois contratar um advogado e deixar o caso arrastar-se gasta não só dinheiro, como tempo durante o expediente de trabalho. Nos EUA, a figura de "class action lawsuits" serve para controlar esta falha; no entanto, também há processos frívolos de ambas as partes (privados e empresas), logo o risco não é completamente eliminado.
Outra falha muito evidente é a de assimetria de informação: a NOS tem advogados que conhecem bem o sistema e as suas falhas, mas a maior parte dos clientes não sabe os seus direitos, nem sequer como o sistema funciona. Para além disso, é a NOS que detém as "provas" e ao recusar-se a apresentá-las ao cliente está a garantir que tem uma vantagem do ponto de vista da informação. Muitas vezes, o cliente nem sequer sabe a que se refere a dívida.
- Sendo assim, o meu caso estava perdido à partida, logo tudo o que eu fizesse só me iria beneficiar. Esperar que o sistema funcionasse e tentar resolvê-lo por vias convencionais seria dispendioso. Como a NOS agiu de forma muito conflituosa e maluca, eu decidi que não tinha nada a perder agindo de forma ainda mais maluca. E mais: decidi que escalar a minha acção e demonstrar o nível da minha maluqueira rapidamente no início só me iria dar uma vantagem, pois eles não saberiam o que eu iria fazer a seguir e o meu comportamento apresentava um risco para a companhia. No entanto, reparem uma coisa: obviamente, eu sou um bocado maluca (OK, talvez muito, quando eu estou inspirada), mas não sou criminosa e tudo o que eu fiz e planeava fazer estavam dentro dos limites da lei, o que é muito mais do que a NOS faz. Aliás, eu cheguei a ir ler a Constituição da República Portuguesa para me inspirar.
- Outra coisa que eu decidi foi que eu não ia lutar isto só com a NOS, eu ia lutar com o sistema. Se a NOS fosse uma companhia competente, eu nunca teria tido este caso de fraude porque eles teriam feito a verificação dos documentos e da legitimidade da conta. Como eles são incompetentes e não têm nada a perder com casos frívolos, não apanharam a fraude a tempo de a evitar. E depois nem sequer queriam verificar que tinham sido negligentes. Dei oportunidade à NOS de se enterrar e de mais uma vez demonstrar a sua incompetência, o que eles fizeram brilhantemente; decidi lutar isto nas redes sociais e com o próprio estado com as armas que a própria NOS me deu.
- Ao contrário da maioria dos portugueses, eu tenho um grande trunfo: como eu sou americana posso, em último recurso, fazer um chinfrim internacional. Isto é engraçado porque os americanos não se importam de mostrar o pior da América se é isso que tem de ser feito para efectivar mudança. É a tal filosofia: "the buck stops here", ou seja, isto daqui não passa. (Eu não cheguei a dizer à NOS que eu era americana. Talvez eles tenham lido os comentários ao meu post inicial, não faço ideia.)
Em Portugal, as pessoas andam sempre muito preocupadas em mostrar o melhor de Portugal ao exterior, mesmo que isso signifique sacrifícios e continuação de um sistema corrupto. Mas esta lógica não se aplica ao futebol, como já devem ter reparado: quando o Benfica é campeão, vale a pensa fazer chinfrim e correr o risco dessa má imagem ser noticiada no estrangeiro. Parece-me que a alocação de recursos chinfrinísticos em Portugal é sub-óptima.
No próximo post vou dar-vos a linha temporal do meu caso.
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Cancioneiro popular-arrevesado
Gays de Portugal, estou aqui!
Quando se faz um design de um instrumento de inquérito, há certas coisas que devem ser tomadas em conta e que são:
- a definição da população de interesse
- a definição dos grupos de interesse dentro da população
- a forma como vamos retirar a amostra da população
- a forma como vamos assegurar que os grupos de interesse da amostra sejam representativos da presença dos grupos de interesse na população
- a possibilidade para erros na selecção da amostra (quadro de amostragem), nomeadamente: indivíduos que estão ausentes, mas que deviam ser incluídos; indivíduos que aparecem mais do que uma vez; indivíduos estranhos, isto é, que não deviam fazer parte da amostra; e indivíduos que aparecem em grupos ou clusters.
Pensando nestas coisas e na forma como se tem discutido o problema dos dadores de sangue, há várias perguntas que aparecem na minha cabeça. A primeira óbvia é que quem doa sangue auto-selecciona-se, logo as estatísticas que se tem do inquérito português não são muito fiáveis. Estar a inferir do inquérito para a população em geral é estatisticamente incorrecto. Ou seja, esses números que andam por aí a apregoar aos sete ventos têm pouca credibilidade.
Como se tem insistido em considerar dois grupos de dadores: os homossexuais e os heterossexuais, outra pergunta que aparece na minha cabeça é o que é uma pessoa homossexual. Se um extra-terrestre estivesse a passar férias em Portugal, ficaria com a impressão que um homossexual é uma pessoa que se identifica como homossexual quando dá sangue. Então quer dizer que não há homossexuais que dão sangue, mas que quando respondem ao inquérito dizem que são heterossexuais? Qual a prevalência desse caso? Eu aposto que há homossexuais no grupo de heterossexuais. E será que, ao proibir-se que os homossexuais dêem sangue, não estamos a criar um incentivo perverso para mais pessoas homossexuais manterem a sua preferência sexual secreta e continuarem a dar sangue, identificando-se como heterossexual?
Quando me dizem que a prevalência de HIV é maior em homossexuais eu não fico espantada por duas razões óbvias:
- Este grupo de pessoas, por ser muito perseguido historicamente, durante muito tempo teve comportamentos sexuais em que tinham vários parceiros sexuais em vez de desenvolverem relações estáveis, as relações estáveis são mais comuns em heterossexuais. A natureza do "acasalamento" é responsável pela disseminação mais rápida de HIV em África do que na Europa e na América do Norte. Os africanos têm redes de parceiros sexuais; já nos outros sítios, normalmente têm-se parceiros sexuais de forma linear: tem-se sexo com a pessoa com quem mantemos uma relação amorosa, depois as coisas azedam e procuramos outra. Mas agora o casamento gay é quase uma realidade, logo deve aumentar o número de relações estáveis entre gays.
- Devido a progresso tecnológico, os seropositivos conseguem sobreviver mais tempo e muitos nem chegam a desenvolver o SIDA. Muitas das pessoas que foram contaminadas no passado eram homossexuais.
Mas isto leva-me a outro ponto, a questão dos dados históricos serem representativos da situação actual ou poderem ser usados para ter confiança no futuro. Ainda ninguém me apresentou provas de que o HIV actualmente se espalha mais rapidamente entre homossexuais do que entre heterossexuais. Durante as minhas conversas com o Nuno, houve duas coisas que ele comentou que eu achei pertinentes:
- Uma é que as pessoas de idade mais avançada estão a ter mais sexo desprotegido com muitos mais parceiros (sexo em rede) e as doenças sexualmente transmissíveis estão a aumentar nesse grupo. Isso já eu sabia que acontecia nos EUA. Pelo que eu leio, os mais velhos são também pessoas que normalmente são mais altruístas e isso leva-me a suspeitar que provavelmente doem mais sangue.
- A geração actual de jovens vê o sexo como uma actividade recreativa, ou seja, isto leva-me a crer que o sexo nessa camada etária é em rede e não em forma linear. Vocês não ouviram a letra da canção "Às Vezes", dos D.A.M.A.?
Eu não digo a ninguém, que me queres e preferes
Aos outros que tu tens
[...]
Eu quero e faço por isso e tu queres um compromisso
E eu sou mais de improviso e tu só queres ficar bem
E ficas doida comigo porque tens noção do perigo
Mas eu não se se consigo dar-te tudo o que tenho
Sabes que te quero embora seja às vezes
Tento ser sincero, só que, tu não me entendes
Não tenho culpa, mas não sinto o que tu sentes
Hoje ficas cá em casa, uma vez não são vezes
Ou seja, se as pessoas responsáveis pelo Instituto de Sangue Português pensam que ao eliminar os homossexuais controlam os custos e o risco, eu sugiro que repensem a natureza do problema.
P.S. E agora o título deste post: Eu tenho vários amigos homossexuais nos EUA--os gays gostam muito de mim. Eu até tenho um amigo que nasceu no Azerbaijão e outro que é dinamarquês, que são gay. Mas eu só conheço pessoalmente uma mulher lésbica em Portugal e, há 25 anos, um dos fulanos no meu círculo de amigos dava a impressão que era gay, mas não se assumia. Agora uma amiga minha disse-me que ele já é gay assumido. De resto, os gays portugueses ainda não me encontraram ou eu ainda não os encontrei, o que eu acho muito estranho porque eu conheço muita gente em Portugal.
Adenda: O guru da sociologia decidiu encostar-me à parede outra vez. Pois, eu não conhecer gays portugueses em abundância não é indicativo de nada--quer dizer, é indicativo que nem o NAJ, especialista em humor, apanha 100% do meu sentido de humor. Mas não deixa de ser curioso que os gays portugueses andem tão escondidos no dia-a-dia; eu nem os encontro no Facebook. Há uns anónimos no Tumblr, que eu encontro de vez em quando, mas por serem anónimos estão escondidos. Isto leva-me a ser muito reticente acerca de coisas onde é pedido que as pessoas se auto-identifiquem como gay em Portugal. Ah, diz o NAJ que o meu texto perde com a minha piada--este gajo não larga o osso. Irra...
Humor luso-americano...
Ele está em Portugal; ela queria estar em Portugal.
Eles conversam assim:
Sê filosófica filha. Não penses nisso
terça-feira, 19 de maio de 2015
Uma pessoa pode fazer a diferença...
From whatever data he could assemble, Brown projected a deficit of at least 10 million tons of grain below the Indian government’s official demand estimate of 95 million tons. Previously India had never imported more than 4 million tons a year. If Brown's calculations were correct, feeding the nation would require a huge mobilization.[...]
A 10,000-mile bucket brigade
The USDA tapped logistics specialists who had served in the Army Quartermaster Corps in World War II. They leased an Esso supertanker longer than a football field, the Manhattan, and anchored it in the Bay of Bengal to act as a floating harbor, because India's ports were insufficient to handle so vast a scale of imports.
Trains delivered U.S. Midwestern wheat to ships awaiting them in Galveston, Texas, and New Orleans. About two ships a day left for India, more than 600 in all, according to Brown’s 2013 memoir, Breaking New Ground. They docked to the Manhattan and emptied their grain into it. Thirty-foot boats called dhows then filled up with grain and carried it up the Ganges. About one-fifth of the U.S. wheat harvest in 1965 was shipped to South Asia. India produced only 77 million tons of grain, 18 million tons below the official demand projections.
"It was the largest movement of grain between two countries in history," Brown said. "We managed to get the grain in there and avoid the famine, but time became everything in that effort."
O furacão Rita
O furacão Rita despejou muita chuva sobre a minha cidade preferida, Nova Orleães, e causou muitos danos. A tempestade foi tão forte que os seus vestígios chegaram ao Noroeste do Arkansas, onde eu morava, e eu saí à rua para que a chuva da Rita me molhasse. Como podem ver pela imagem abaixo, o furacão Rita é caracterizado por um olho (é o buraco no meio da tempestade) muito bem organizado.
O olho de um furacão é um local muito calmo, mas as paredes do olho do furacão são o sítio mais perigoso na tempestade porque é onde os ventos são mais fortes e onde se formam muitos tornados. Antes de se compreender como os furacões funcionavam, muitas pessoas saíam dos seus abrigos ao passar o olho da tempestade, que é calmo, porque pensavam que a tempestade tinha passado. Nessa altura não havia imagens satélite, nem sequer se sabia onde andava o olho da tempestade. E assim muitos pereceram, pois pensavam que estavam a salvo no olho da tempestade, mas ainda faltava o resto--e o resto incluía a parede da tempestade outra vez.
Más companhias
Mais coisa menos coisa, o que Le Bon diz sobre as multidões continua válido. Mas não é isso que agora me interessa. Reparem, a mulher é uma das “formas inferiores de evolução”, estando ao nível de um selvagem ou de uma criança, porque é incapaz de raciocinar, é impulsiva, irascível, etc. Estas ideias de Le Bon não eram nenhuma extravagância para a época, mas se calhar ajudam a explicar a cabecinha arrevesada do ditador de Santa Comba.
Um negócio perverso
A importância e a falta de informação para a decisão: reflexões sobre a minha experiência no Governo
O Sistema de Informação de Gestão do MAI (SIGMAI), em funcionamento desde o início de 2015, disponibiliza aos gabinetes ministeriais e aos dirigentes dos serviços indicadores sobre contratação pública e recursos humanos, estando em fase de conclusão o módulo do orçamento do MAI, incluindo a análise mensal da execução orçamental, e em fase de preparação o módulo das instalações operacionais das forças de segurança. Com o SIGMAI em funcionamento, a transição entre gabinetes será mais suave, a aprendizagem mais rápida e as decisões políticas poderão ser melhor fundamentadas.