terça-feira, 8 de março de 2016

Ele a ela

And you – you put things so clearly and so beautifully to me – so crystal clear – it looks simple and true. You are so terribly clever, so nimble. I distrust your cleverness. You make wonderful patterns – everything is in its place – it looks convincingly clear – too clear. And meanwhile, where are you? Not on the clear surface of your ideas, but you have already sunk deeper, into darker regions – so that one only thinks one has been given all you thought, one only imagines you have emptied yourself in that clarity. But there are layers, and layers – you’re bottomless… your clearness is deceptive. You’re the thinker who arouses the most confusion in me, most doubts, most disturbances.

Henry Miller to Anaïs Nin, 1933

2 comentários:

  1. «Absurdo
    Tornarmo-nos esfinges, ainda que falsas, até chegarmos ao ponto de já não
    sabermos quem somos. Porque, de resto (2), nós o que somos é esfinges falsas e
    não sabemos o que somos realmente. O único modo de estarmos de acordo com a
    vida é estarmos em desacordo com nós próprios. O absurdo é o divino.
    Estabelecer teorias, pensando-as paciente e honestamente, só para depois
    agirmos contra elas - agirmos e justificar as nossas acções com teorias que as condenam.»
    (in, Livro do Desassossego)
    Fernando Pessoa

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