domingo, 29 de novembro de 2015

Vocabulário limitado

Ultimamente, sinto que o vocabulário português é muito limitado. Falta-me a palavra "delusional". Traduzir isto como "iludido" não transmite tudo o que se quer dizer.

delusional

[dih-loo-zhuh-nl]
adjective

  1. having false or unrealistic beliefs or opinions:
    Senators who think they will get agreement on a comprehensive tax bill are delusional.
  2. Psychiatry. maintaining fixed false beliefs even when confronted with facts, usually as a result of mental illness:
    He was so delusional and paranoid that he thought everybody was conspiring against him.

Fonte: Dictionary.com

A propósito da cimeira da União Europeia com a Turquia, um jornalista perguntou a António Costa o que achou do estado de espírito dos seus congéneres de outros países, relativamente a Portugal. O P&R correu assim (ver vídeo, transcrição e sublinhados meus):

Jornalista: E algum deles manifestou inquietação pela situação portuguesa?
António Costa: Não, acho que toda a gente está muito tranquila com a situação portuguesa. Aliás, não vejo razão para que não houvesse tranquilidade quanto à situação portuguesa, visto que temos hoje um governo que dispõe de uma maioria parlamentar sólida, que assegura estabilidade, e, por outro lado, também um programa de governo que é inequívoco quanto ao compromisso da participação portuguesa no âmbito da União Europeia.

8 comentários:

  1. Creio que a tradução correcta é alucinado ou paranóico. No entanto, eu usaria mesmo ilusionista.

    P.S. cuidado com as traduções literais, que nos podem iludir. Veja-se os media portugueses, invariavelmente traduzindo por ilusão a ilusíon dos treinadores espanhóis.
    P.P.S. que falta nos vai fazer a Dr,ª Assunção Esteves.

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  2. Existe um ditado popular, quem desdenha quer comprar, a Rita tanto desdenha do António Costa, que confesso começo a ficar preocupado, cá para mim gostava de o conhecer, Não leve a mal alguns dos posts deste tipo, isto é apenas para desanuviar o ambiente mais sério do blog.

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    1. O problema não é tanto de querer comprar; é mais de incredulidade por termos desperdiçado mais uma oportunidade de mudar a governação do país. Regressámos exactamente ao ponto em que estávamos antes da Troika. Uma profunda decepção...

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    2. A mim parece-me que o costa se está a revelar um grande político. Se será ou não estadista já é outra conversa. Mas reconheço-lhe muito mérito nos vários acordos que forjou.

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  3. Concordo com a justeza dos dois primeiros sublinhados mas este:

    "um programa de governo que é inequívoco quanto ao compromisso da participação portuguesa no âmbito da União Europeia"

    não vejo como possa estar errado. O programa é de facto inequívoco... se vai ou não ser aplicado é outra questão.

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