segunda-feira, 30 de março de 2015

A próxima epidemia, diz Bill Gates

Num artigo no The New England Journal of Medicine, diz Bill Gates que não estamos preparados para a próxima epidemia. O ébola foi um bom exercício para demonstrar a nossa falta de preparação. A meu ver, também foi um grande exercício para demonstrar mais uma vez que Einstein tinha razão: não há limites para a estupidez humana. Diz Gates que o sarampo ou a influenza/gripe são bons candidatos a causarem grandes perdas de vida humana. Contrastem isto com a nova mania de que vacinar as crianças é uma opção. Atravessar a rua sem parar e olhar para os dois lados da rua também é uma opção e até poupa bastante tempo, mas julgo não ser uma opção que se ensine voluntariamente às crianças.

Estas coisas das epidemias são como o terramoto que irá atingir Portugal: é incerto quando, mas é certo que irá acontecer. Vocês podem dizer que é uma probabilidade muito baixa de acontecer, mas as probabilidades dizem-nos que acontece, sim! E nestas coisas dos terramotos e das epidemias nós temos a certeza que acontece porque já aconteceu. Quando a probabilidade é baixa, isso quer dizer que acontece raramente; não quer dizer que nunca irá acontecer.

Há quem pense que estar preparado para eventos de grande impacto e pouca probabilidade é caro; há outros que dizem que não há nada a fazer. O custo de não fazer nada também é muito caro, apesar de ser reconfortante pensar que ontem ainda não foi o dia em que tivemos de pagar esse preço.

2 comentários:

  1. Rita, não vacinar as crianças é pior que não lhes ensinar a atravessar a rua. Não vacinar crianças é o equivalente a não as ensinar a atravessar a rua e depois dizer-lhes para irem ajudar pessoas cegas a fazê-lo... O problema é o dano em terceiros que não têm nada a ver com o assunto.

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  2. Pois é, mas elas atravessam a rua mais vezes, logo têm uma exposição a esse risco muito maior; mas eu estava a ser sarcástica.

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