No
tempo de Seguro, o PS apresentava entre 36 a 38% das intenções de voto nas
sondagens. No tempo de Costa, o PS apresenta entre 36 a 38% das intenções de
voto nas sondagens. Estes valores eram o “caminho das pedras” de Seguro. Na
comunicação social, eram vistos como um sinal de fracasso e uma prova
irrefutável da mediocridade e vacuidade do homem, que andava na política desde
pequenino e não tinha feito mais nada na vida. Curiosamente, estes mesmos
valores não suscitam os mesmos sentimentos e interpretações em relação Costa,
que também anda na política desde pequenino e não fez mais nada na vida.
Costa
tem a vantagem de disfarçar melhor o vazio de ideias, com um discurso redondo, mas
que espremido vale zero. E nem os pouco mais de 11% obtidos anteontem pelo PS
(em coligação com uma série de grupúsculos) nas eleições da Madeira parecem
perturbar quem quer que seja. Se alguma lição o PS pode retirar deste episódio
madeirense, é que não basta a Costa sentar-se em cima do desgaste do governo e
esperar tranquilamente que o poder lhe caia em cima da cabeça.
Verdade
que a comunicação social, aqui e acolá, fustiga Costa e o PS já dá sinais de
ansiedade. Todavia, fica a sensação que parte da intelligentsia alimenta a secreta esperança de que, num dia de nevoeiro,
Costa há-de aparecer cheio de propostas concretas, alternativas à política do
governo. É só uma questão dos assessores acabarem de fazer as contas e rever os
“cenários macroeconómicos”. Então sim.
De
Seguro, nunca ninguém esperou muito. De Costa, muitos esperaram muito; agora, apenas
alguns esperam alguma coisa. Por este andar, há-de chegar o dia em que já
ninguém espera nada.
Eu espero coisas de Costa, mas tudo o que eu espero é mau...
ResponderEliminar"Por este andar, há-de chegar o dia em que já ninguém espera nada."
ResponderEliminarUm candidato que prometa não fazer nada quando for governo é um candidato que terá o meu voto.