terça-feira, 24 de março de 2015

Pelos pêlos

Antes da I Guerra Mundial, nenhuma mulher depilava sequer as pernas. Entretanto, alguém inventou os sistemas “depilatórios” e convenceu as mulheres de que os pêlos eram uma coisa inestética e suja. As pernas foram o primeiro “target”, mas rapidamente esta indústria percebeu o potencial do negócio e a depilação foi avançando, como direi?, para outros territórios. Este avanço civilizacional, ainda que com bastante sofrimento feminino à mistura, rendeu milhões e milhões às empresas do ramo. Até que há uns anos, algum dos génios do sector se lembrou que estava na altura de explorar a outra metade do mercado, ou seja, os desgraçados dos homens, cuja “área de negócio” é superior à das mulheres.

Se não se fizer nada, esta “devastação” só terá fim quando não sobrar um pêlo à face da terra. Ora, aqui está uma causa para um movimento qualquer, que poderia ter uma designação tipo “Pelos pêlos” ou, aplicando o acordo ortográfico, “Pelos pelos”. 


2 comentários:

  1. Eu estava a pensar em escrever sobre isto! O que vale é que não falaste na falta de pêlos que mais me incomoda.

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