sábado, 21 de março de 2015

Futuro indeterminado

5 comentários:

  1. Adorável Rita,

    Antes de mais vai perdoar-me não comentar esta sua mensagem por escrito propriamente dito porque ou a tecnologia não me permite ou eu não estou suficientemente habilitado para o fazer.
    Gostaria ainda de a felicitar pelo entusiasmo que coloca na sua participação neste blog, certamente
    reflexo da sua normal atitude perante a vida. Nascida num país de gente geralmente encolhida, a sua vibração faz cá falta. Por maior que seja a audiência do "Destreza", é pena que a sua participação nesta sociedade não possa ser mais envolvente. Parabéns, a si e ao Luís, que a convidou.

    Quanto ao que nos diz na sua mensagem, fiquei perplexo.
    Tenho dois netos nascidos nos EUA (eles dizem que já sou "velote") e, pelo que observei na devida altura, pelo menos no Estado onde nasceram e residem, a Vírgínia, a aprendizagem, em escolas públicas, da caligrafia em cadernos de duas linhas era idêntica aquela que tive quando frequentei o Jardim-Escola há uma caterva de anos atrás. Mudaram há pouco tempo?

    Como explicar, então, esta dupla visão do assunto?
    Penso que se deve ao facto de nos EUA os curricula e os métodos de ensino serem muito diversificados, admitindo-se as experiências mais diversas. Um aspecto muito conhecido em que tal grau de liberdade pode atingir o insólito é a negação da teoria da evolução das espécies e o ensino do "criacionismo" em muitas escolas de alguns estados norte-americanos.

    Já agora: Como aprendem as crianças na zona onde reside as operações aritméticas? Usando a calculadora? Calculo que sim. Mas, tanto quanto julgo saber, em muitas escolas a aprendizagem da aritmética começa pela memorização da tabuada.

    Continue sempre!

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    1. Obrigada, Rui, pelos elogios e pela curiosidade! Os currículos são muito diversificados, mas o problema é que quase todos os exames que os alunos fazem são de escolha múltipla, logo escrever rápido à mão não é uma coisa que seja valorizada. A maior parte dos alunos americanos não sabe tirar notas nas aulas e os TPCs não envolvem grande escrita.

      Depois também há as filosofias de aprendizagem, em que o currículo pende mais para o lado da criatividade e menos para o lado da repetição. Também se encontra muito a ideia de que os alunos aprendem mais se estiverem atentos a ouvir o que se diz na aula e que tirar notas é uma distracção. O ensino da matemática acho muito mau. Na universidade têm estes módulos que são feitos no computador e eu acho que não promovem a retenção de informação a médio e longo prazo. Mas eu vou escrever uns posts sobre isso.

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    2. "Também se encontra muito a ideia de que os alunos aprendem mais se estiverem atentos a ouvir o que se diz na aula e que tirar notas é uma distracção."

      Pela minha experiência pessoal, concordo plenamente (mas, claro, trata-se de uma amostra com 1 observação, que pode não ser generalizável).

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    3. Eu acho que é muito importante tirar notas, aliás estou a comprovar isso com o meu filho: o secundário já não se faz só de ouvido...
      Adorei Rita!

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    4. Para a "paula marques":

      Espero que não ensine o seu filho a escrever "Adorei Rita!", que parece um brasileirismo, mas antes "Adorei, Rita!" que me parece que é o que queria dizer.

      Abraços,

      Rita

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