terça-feira, 31 de março de 2015

Costa não é Seguro

No tempo de Seguro, o PS apresentava entre 36 a 38% das intenções de voto nas sondagens. No tempo de Costa, o PS apresenta entre 36 a 38% das intenções de voto nas sondagens. Estes valores eram o “caminho das pedras” de Seguro. Na comunicação social, eram vistos como um sinal de fracasso e uma prova irrefutável da mediocridade e vacuidade do homem, que andava na política desde pequenino e não tinha feito mais nada na vida. Curiosamente, estes mesmos valores não suscitam os mesmos sentimentos e interpretações em relação Costa, que também anda na política desde pequenino e não fez mais nada na vida.

Costa tem a vantagem de disfarçar melhor o vazio de ideias, com um discurso redondo, mas que espremido vale zero. E nem os pouco mais de 11% obtidos anteontem pelo PS (em coligação com uma série de grupúsculos) nas eleições da Madeira parecem perturbar quem quer que seja. Se alguma lição o PS pode retirar deste episódio madeirense, é que não basta a Costa sentar-se em cima do desgaste do governo e esperar tranquilamente que o poder lhe caia em cima da cabeça.

Verdade que a comunicação social, aqui e acolá, fustiga Costa e o PS já dá sinais de ansiedade. Todavia, fica a sensação que parte da intelligentsia alimenta a secreta esperança de que, num dia de nevoeiro, Costa há-de aparecer cheio de propostas concretas, alternativas à política do governo. É só uma questão dos assessores acabarem de fazer as contas e rever os “cenários macroeconómicos”. Então sim.

De Seguro, nunca ninguém esperou muito. De Costa, muitos esperaram muito; agora, apenas alguns esperam alguma coisa. Por este andar, há-de chegar o dia em que já ninguém espera nada.

2 comentários:

  1. Eu espero coisas de Costa, mas tudo o que eu espero é mau...

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  2. "Por este andar, há-de chegar o dia em que já ninguém espera nada."

    Um candidato que prometa não fazer nada quando for governo é um candidato que terá o meu voto.

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