sexta-feira, 27 de março de 2015

Eu não desisto...

Já devem ter reparado que eu sou muito teimosa. Sou! É uma das melhores qualidades que tenho. Se eu desistisse facilmente, estaria lixada. Para além disso, tirar mestrados e doutoramentos não é um teste de inteligência, é um teste de teimosia. Há muita gente com inteligência suficiente para os tirar, mas desistem pelo caminho.

Esta semana é a Semana dos Museus. Hoje é sexta-feira, logo eu insisto, e não desisto, em sugerir que, este fim-de-semana vão a um museu. Vocês não imaginam o cuidado e o dinheiro que é necessário para os manter. É preciso aproveitar estes recursos, especialmente em Portugal porque nós temos coisas muito giras. E, como é Primavera, pode ser que encontrem alguém interessante com quem conversar.

Esta foto abaixo é do Jardim de Escultura Cullen, em Houston, ao lado do Museu de Belas Artes (visitem a página, que tem muitas fotos giras), quase à hora do pôr-do-sol. Quando recebo visitas, levo-as lá. É um dos meus sítios preferidos e, sempre que lá vou, sou feliz.

Quando lá levei uns amigos italianos, a rapariga adorou e ficou muito surpreendida por estar tudo tão bem mantido. Ela disse que, se fosse em Itália, estaria tudo cheio de grafitti. A falta de vandalismo não é porque os americanos sejam cuidadosos. Este jardim está sempre com um guarda e, às 10 da noite, é fechado o acesso e anda um guarda sempre por perto. Não é de surpreender: algumas das peças em exposição são emprestadas, logo convém não abusar da sorte. Note-se que muitas das pessoas que guardam portas nos museus, aceitam bilhetes, etc., são voluntários, muitos deles pessoas reformadas.

A escultura acima, em bronze com patina, é "Exhaling Pearls" (1993) de Joseph Havel (americano, n. 1954).

2 comentários:

  1. O jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, também é assim. Há sempre grafiteiros: é uma doença mais infecciosa do que o Ébola. Quem tem dinheiro, limpa e contrata guardas. Promover a contratação de voluntários reformados quando há muitas pessoas desempregadas é demais!

    Rita

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  2. Não sei se ter voluntários é demais. Acho um bocado cruel que em certos países se use a desculpa do desemprego para não se criar programas de voluntariado. Aliás, acho que os europeus são um bocado cruéis na forma como ignoram as pessoas mais velhas. Antigamente, elas iam para os centros de saúde para não ficarem sozinhas em casa. Ou andavam nos autocarros. Recordo-me de, há muitos anos, uma pessoa de idade ter morrido num autocarro em Coimbra. Só foi encontrada pelo motorista, depois de o autocarro estar fora de serviço. A civilização é muito pouco civilizada...

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