quinta-feira, 12 de março de 2015

Critérios de eleição...

Quando o Presidente George Bush foi eleito, os americanos ficaram muito satisfeitos. O critério principal de satisfação era que George W. Bush parecia ser um tipo como nós, com quem nós podíamos sair e ir tomar uma cerveja--é o "beer test", a sério que não estou a brincar. Para mim parecia-me uma coisa aterradora ter uma pessoa normal à frente da Casa Branca. A alternativa também não era muito boa, porque Al Gore é um bocadinho maluco, mas isso é outra história. Obama parece ter apreço pela cerveja e, felizmente, também dá uma para a caixa no intelecto, apesar de eu não concordar com todas as suas políticas, mas isso é normal porque eu não concordo totalmente com ninguém. Até comigo eu discordo--estou sempre a duvidar de mim própria, à la Descartes. Foi realmente uma coisa estupenda ter estudado "O Discurso do Método" na escola secundária. Acho que deve ter sido o livro que mais me influenciou na vida. Na altura não me dei conta do seu efeito potente em mim.

Isto a propósito do post do Zé Carlos, acerca da fibra moral de António Costa--parece que há dúvidas e, onde há fumo, deve haver fogo... O que me preocupa é que eu olho para António Costa e não me parece que eu possa aprender nada com ele. Quer isto dizer que eu não lhe identifico fibra intelectual: se ele a tem, ainda não a demonstrou. Reparem que eu não sou uma pessoa intelectual, mas gosto que os meus países possam ser governados por pessoas com quem eu possa aprender qualquer coisinha de vez em quando. Por exemplo, com o Clinton, eu aprendi que felácio não é verdadeiramente sexo. E senti-me não só educada, como vingada! Quando eu tinha 15 anos, uma colega do secundário perguntou-me se eu sabia o que era sexo oral e eu, que nunca tinha ouvido a expressão, pensei que tinha a ver qualquer coisa com ter sexo pelo telefone. Ela sorriu e não me disse o que era. Depois aprendi o que "supostamente" era, já nem sei quando ou como. E depois aparece o Clinton e diz que não é nada disso.

Será que António Costa pode ser tão educativo como um Clinton?

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