domingo, 19 de julho de 2015

Amoras imorais...

Disseram-me esta semana que nós, economistas, reduzimos tudo a dinheiro. Fiz auto-análise para ver o mérito da acusação. É verdade--eu até vos expliquei como calcular o valor da vista para o mar num hotel. 

Concluí que, como economista, devo ser imoral ou amoral, mas o que eu queria ser era mesmo uma amora, daquelas rechonchudas e carnudas muito doces, que rebentam na boca. É por isso que eu me interessei por economia agrária...

1 comentário:

  1. Não tenho a certeza do "reduzir tudo a dinheiro". O que se faz em Economia (penso que provavelmente erradamente) é considerar que todas as coisas se podem comparar num referencial partilhado. O dinheiro é apenas um desse tipo de referenciais (existem outros para quem não se sente à vontade em reduzir tudo ao vil metal, como por exemplo a "utilidade"). O dinheiro tem a vantagem para os cálculos de fornecer um referencial cardinal, enquanto outros poderão ser apenas ordinais.

    De qualquer forma, em geral o que isto ignora é a possibilidade de incomparabilidade entre coisas e entre agentes (o que dá muito jeito para poder fazer os cálculos, sem dúvida).

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