sábado, 4 de julho de 2015

Nokia, Skype e Mateus Rosé

Paul Krugman tem escrito vários posts sobre o colete de forças que é o Euro. A situação da Finlândia é um dos seus temas recentes, como pode ser lido aqui e aqui. Espera-se mesmo que no final de 2015
o PIB per capita português esteja mais próximo do seu nível pré-crise que o da Finlândia. Será que os estónios acham os seus vizinhos do norte preguiçosos, corruptos e irresponsáveis?

8 comentários:

  1. Eu devia começar a comprar vodka para ajudar os finlandeses, mas eu prefiro gin...

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    1. Desde que os finlandeses foram dos gajos que mais se opuseram ao resgate a Portugal que eu passei a boicotar os seus produtos. Por exemplo, nunca mais comprei Nokia.

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  2. O gráfico revela muitas das inconsistencias da atual narrativa autoritaria.

    Contudo é importante também ter em conta que o PB per capita Finlandês em valores absolutos é mais do dobro do Português ou do Estónio, pelo que uma descida de 10% do PIB na Finlândia é muito ais facilmente acomodada em termos de problemas sociais do que em Portugal, Estónia ou Grécia.

    PiB per capita 2013 WorldBank (Dados Wikipedia)
    Finlandia: 47129$
    Irlanda; 45,620$
    Espanha: 29,150$
    Grécia: 21,857$
    Portugal: 20,727$
    Estonia: 19,031$

    @Luís aguiar-Conraria: espero que os gregos não nos comecem a fazer o mesmo depois das posições dos nossos representantes no eurogrupo..

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  3. Ó Caro Luís, compreendo quase sempre (e concordo mutíssimas vezes) os seus posts e argumentos, mas este não me parece fazer sentido (exceto talvez para os Krugman desta vida). Um ajustamento maior ao PIB (em baixa) para quem tem um ponto de partida (muitíssimo) superior faz todo o sentido no contexto de políticas de austeridade (também chamadas "não gastar o que se não tem"). E até ajuda o argumento da dita austeridade, contrariando as teses de que os únicos sacrificados têm sido os países do sul. Mas se calhar escapou-me alguma coisa (e digo isto sem ponta de ironia). Abraço

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    1. Caro ou cara MKrupenski
      A única coisa que lhe escapou é que o autor do 'post' não sou eu, é o João Cerejeira.
      De resto estou a meio caminho entre o que escreve e o post. Concordo com tudo o que escreve, mas penso que o 'post' serve para ilustrar a ideia de que a falta de uma moeda própria torna os ajustamentos mais lentos. E com essa ideia eu também estou de acordo.

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    2. Caros Luís e MKrupenski, o meu ponto é aquele que o Luís referiu. O Euro não está desenhado para lidar com choques externos assimétricos, nomeadamente os que ocorram nas economias periféricas, sem poder para determinar o rumo da política monetária. É importante frisar que grande parte dos desequilíbrios das economias sob resgate tiveram origem externa e não se devem apenas à "irresponsabilidade" desses países. Abraço

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    3. Desculpe, Caro Luís! Obrigado, Luís e João. Com uma parte concordo inteiramente: a falta de moeda própria torna os ajustamentos muito mais lentos. Isso é natural e é historicamente observável, sem exceções, ao que sei. Só não sei se isso é bom ou mau. Mas parece-me que vamos ter em breve mais uma oportunidade para verificar isso, infelizmente. Abraços cordias, Martim Krupenski

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  4. Vi durante estas semanas algumas declarações do Friedman sobre o Euro nos primórdios e os problemas de uma moeda única no contexto europeu (uma delas é não ser assim tão fácil compensar com emigração porque aqui é "mais" emigração mudar-se de Lisboa para Madrid do que de Nova Iorque para San Francisco).

    Deixou entender que o problema é a vária miscelânea de economias e que seria natural até o euro começar com o BENELUX, Alemanha e Áustria, mas não com França e países do sul, por exemplo.

    Nesse contexto, este problema colocado no post já estaria resolvido? Seria uma boa opção? E se sim, era assim tão má fazer isso agora (ou assim que a crise das dividas soberanas fosse superada)?

    J. Saro

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