sábado, 23 de janeiro de 2016

Plano Centeno em acção

No Jornal de Negócios vem uma tabela sumário da evolução das variáveis macroecónomicas do novo plano Centeno. Parece ser tudo muito optimista, mas temos de confiar no "rigor dos pressupostos e das contas".

Pelo sim, pelo não, já comecei a implementar o plano Centeno cá em casa. Fui à loja de vinhos e comprei 8 garrafas de vinho português, normalmente costumo comprar 6 de cada vez. Agora estou à espera de crescer mais um bocado para as poder consumir mais depressa. É que sendo eu baixinha não posso beber muito. Mas se eu presumir que, de hoje para amanhã, passo a medir 1,70m, em vez de 1,53m, a matemática do aumento do meu consumo de álcool tornar-se-á sustentável, exactamente como a matemática do crescimento da economia portuguesa.



9 comentários:

  1. É admirável o seu carinho pelos produtos portugueses e espantoso que consiga comprar uma variedade tão grande de marcas. Compra em alguma loja de lusos no Texas?
    Digo isto porque só na "loja do português" é possível comprar vinhos nossos na área de Washington DC. A preços que são o triplo do valor porque se vendem nos supermercados em Portugal.

    Quanto ao tema do OE, começam agora a complicar-se as contas para o Governo, e para nós, por tabela. E A. Costa, nem com os parceiros parlamentares de ocasião pode contar. Nada que não fosse mais que previsível.
    Passos errou quando, por ânsia de protagonismo, dispensou o PS das responsabilidades de execução do acordo com a troica, que o governo de Sócrates negociou e foi primeiro subscritor.
    A. Costa errou quando, por ânsia de poder, perdeu uma boa oportunidade para influenciar um segundo governo de Passos e aguardar a oportunidade de governar sem hipotecar-se à CGTP.

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    1. http://www.winesofportugal.com/us/market/where-to-buy/

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    2. Rui, muito obrigada pelo elogio. Gosto muito de comprar português: tem uma boa relação preço/qualidade. Fui à Specs, que é uma loja de vinhos e comida gourmet. É uma cadeia de lojas em Houston, que tem a melhor selecção de vinhos. Ontem fui agradavelmente surpreendida porque mudaram a secção de vinhos de Portugal e Espanha para a frente da loja. Os vinhos portugueses estão mesmo num local onde chamam a atenção. Também reparei que havia muito mais selecção de vinhos portugueses do que o normal. Não foi difícil selecionar oito diferentes, e o preço não foi mau de todo. A maior parte das garrafas custava à volta de $10, o que para um vinho nos EUA é muito barato. A única coisa que notei é que não havia muito vinho branco, mas havia várias garrafas diferentes de vinho verde. O vinho verde parece ser muito popular nos EUA, encontro sempre. Até o Trader Joe's e o World Market costumam ter vinho verde português.

      Não sei de nenhuma loja em Houston que se especialize apenas em produtos portugueses. Mas os produtos portugueses encontram-se nas lojas onde vendem coisas de melhor qualidade. A mercearia mais cara de Houston tem queijos, conservas, e vinhos portugueses.

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  2. Rita, vamos ser precisos: Porque é que você acha as contas otimistas?

    É que eu olhando para elas parecem-ne quase todas aceitáveis,...

    ... quase todas porque há uma que resite a qualquer tentiva minha de explicação: excepto: Porque é que o crescimento das importações desacelera com um aumento da procura privada e a deterioração dos termos de troca (deflator das exp vs def das importações das prórpias projeções)?

    Ainda por cima pq pelos vistos isso explica a desacelaração das exportações (a procura externa aumenta, mas os TT de troca pioram logo desacelaração das exportações)...

    ...assim sendo a contribuição externa para o crescimento vai ser pior e não só vamos ter menos cresimento como um desquilibrio externo...

    ...isto é importante? Bem se o que o RBS e outros dizem não. A economia mundial vai estoirar mesmo, logo é melhor preparar já o stock de vinho...

    Agora é que o partido me põe na rua.

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    1. Em 2016, as probabilidades de a inflação ser 2% e de a taxa de juro de curto prazo ser negativa são quase 0%, por exemplo. Normalmente, usa-se pressupostos que estão no centro do intervalo de confiança e não nas caudas, mas é nas caudas que se encontram justificações para coisas absurdas.

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    2. Leia-se "nas caudas da distribuição probabilística".

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  3. Rita, a meta da inflação na Zona Euro são 2%, se este valor não é atingido, o culpado é o BCE não Mário Centeno. Este joga apenas com as variáveis que pode manipular e espera que um país do centro não consiga cumprir as metas orçamentais e assim haja um perdão generalizado.

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    1. Não concordo com a metodologia, pois a inflação deveria ser mais alta em países com baixa taxa de desemprego e menos alta em países com alta taxa de desemprego. É completamente irrealista usar o valor médio desejado para todos.

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  4. Hmmm.... ...concordo consigo se a taxa de juro e a inflação fossem relativas à mesma economia, mas não são.

    A tx de juro baixa deve ser comparada com a inflação Europeia, e pelo que o BCE diz é o que vai acontecer (http://www.bbc.com/news/business-35373365).

    A inflação de 1,4% em Portugal e de 2% para o PIB deve-se exclusivamente à revalorização salarial (ver parte da evolução de salários de 2,1%)...

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