domingo, 31 de janeiro de 2016

Vitaminas em falta...

O Insurgente recorda que quem propôs cortes foi o governo de José Sócrates, logo quem mentiu a Bruxelas foram os senhores do PS. É que João Galamba, Constança Cunha e Sá, et al. andam por aí a dizer que foi o governo PSD/CDS/PP que mentiu a Bruxelas.

Talvez os mais distraídos não se recordem, mas quem meteu cortes no acordo com a Troika foi o PS e a Troika inclui Bruxelas. O governo PSD/CDS/PP implementou um acordo cujo principal negociador do lado de Portugal foi o PS, logo o PS não tem como fugir com o rabo à seringa: tem tanta, ou mais culpa, do que o governo PSD/CDS/PP. E tudo é "temporário" porque normalmente há inflacção e, eventualmente, com o ajustamento à inflação, pode-se argumentar o que se quiser: cortes temporários ou permanentes, é como o copo meio-cheio/meio vazio.

Mas antes disso, como já vos tinha dito em Novembro, o governo de José Sócrates propôs os cortes mesmo antes da intervenção da Troika. Ou seja, era muito provável que estas medidas de grande generosidade socialista, tal como as anteriores, embatessem, mais uma vez, contra a porta da aritmética porque a economia portuguesa ainda está muito frágil e não dá para grandes gastos. Recordam-se certamente do Fernando ALexandre ter feito as contas e ter concluído que a economia portuguesa está estagnada desde 2001. "Não há dinheiro! Qual destas três palavras é que não percebeu?" (Vítor Gaspar, 2011)

Meus caros, estou muito decepcionada com a saúde pública em Portugal: parece que há muitas pessoas que têm falta de vitaminas e as celulazinhas cinzentas andam a mirrar mais depressa do que posso dizer "É a matemática, estúpido!".

9 comentários:

  1. O governo despesista de José Sócrates, "que nos levou à bancarrota", propôs cortes e austeridade antes da troika? A solução que Passos Coelho tinha na manga era, afinal, a continuação do trabalho já iniciado, na resposta aos efeitos na economia nacional da maior crise financeira dos últimos 80 anos? A agitação do primeiro semestre de 2011 conseguiu apenas prosseguir essa políticas com mais severidade, sob a vigilância das ortodoxias do FMI, com os jotinhas no pote, e o interesse estratégico nacional vendido a pataco? Bem me parecia.

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    1. O NG é completamente enviesado, mas age como se fosse muito objectivo. É como os modelos do Ministério das Finanças: precisa de ser corrigido e depois calibrado.

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    2. Este NG ainda tem a lata de dizer que é do PSD, só não gosta do Passos Coelho. Deve pensar que engana alguém.

      Eles andem aí, travestidos...

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    3. Não é lata nenhuma. Acho que, por exemplo, o patriotismo é um valor de direita e o internacionalismo é uma atitude de esquerda. Acho que Passos Coelho, Cavaco Silva e sua entourage mandaram o país às favas entregando-o de corda ao pescoço a uma internacional capitalista especulativa. Até podia nem existir outra solução mas não mostraram vontade de lutar por ela como José Sócrates, sozinho e abandonado, mostrou.

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    4. Estranho patriotismo, este que preconiza o incremento do ritmo de endividamento como virtude, patriótica diriam!! Estranhos patriotas que entendem como evidencia do direito natural investir sem poupar e consumir sem produzir! Só me falta ouvir-lhes, à la Monthy Python, sendo o actual plano falho, o velho plano para revitalizar a economia portuguesa; lançar um imposto sobre todos os estrangeiros a viver no estrangeiro!! Coragem patriotas já só vos faltam os vícios!! (O syriza que explique ali ao NG porque é que uma das condições do novo empréstimo consiste na venda de património do Estado grego)

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    5. NG, Sócrates, sozinho e abandonado, lutou pela sua solução. Foi perseverante e obstinado. Por fim, conseguiu!!

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    6. O Sócrates? HAHAHA Está mas é calado, pá! Tu és mais um dos avençados do Costa, como o Ricciardi e o Harry Lime, muito armados em "economistas" para impressionar parvos.

      NENHUMA pessoa do PSD ou da direita tem um pingo de respeito pelo Sócrates. Não enganas NINGUÉM!

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    7. Correcto, In fact. Nenhuma pessoa do actual PSD ou da direita tem um pingo de respeito por José Sócrates. Por isso, não voltarei a votar nesses partidos, enquanto não forem liderados por quem queira fazer política para lá da chicana de tribo e, por isso, vejo, sem surpresa, e até com alguma satisfação, o país ser rabejado pelas franjas fracturante-folclóricas da esquerda.

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