quarta-feira, 13 de abril de 2016

Futuras mochilas

À conversa com a Nossa Fabulosa Helena (NFH, daqui para a frente), no seu mural do Facebook, acerca das mochilas dos portugueses famosos, recordei-me que, depois de tanto tempo a viver em zonas de risco, ainda não tenho umas mochilas preparadas. É aconselhável nós termos sempre algo preparado no armário por causa de desastres naturais, e o próprio governo americano tem uma página de Internet com informação acerca de situações de emergência. Digam o que disserem, mas os americanos, apesar de malucos, são muito organizados comparado com muitos outros povos.

Como eu sou preguiçosa não tenho tudo arrumado dentro das mochilas, mas tenho sempre um plano mental e visualizo muitas vezes o que fazer em caso de emergência. Um dos problemas que nós temos em situações desse tipo é o nosso cérebro "congelar" e, nesse caso, temos de entrar em modo automático por isso é que exercícios de visualização são recomendados. Isto também é muito importante em caso de incêndios, por exemplo. É aconselhável treinar o corpo para termos os instintos certos e para conseguirmos navegar o espaço mesmo não conseguindo ver bem.

Estou numa zona onde há riscos de inundações rápidas, tornados, e furacões. Os furacões dão um bocadinho mais de aviso do que os tornados e os tornados na minha zona não são tão comuns como quando eu vivia em Oklahoma. Em caso de furacão, poderão encontrar-me a caminho de Memphis vários dias antes. Não sei se se recordam, mas no ano passado, quando eu fui passar o fim-de-semana a Memphis, Houston ficou inundada. O meu plano de evacuação antecipou-se em vários dias ao desastre natural. Quando há tempestades com muita chuva, não vou a lado nenhum de carro. Aliás, eu costumo ver sempre o mapa meteorológico antes e durante a viagem e até traço rotas que contornam tempestades, caso surja alguma a meio da viagem.

Perguntou-me a NFH o que eu meteria na minha mochila e, não sendo eu famosa, vou partilhar convosco a minha resposta:

O normal é ter comida, medicamentos e primeiros socorros, pelo menos $100 em dinheiro, muda de roupa, lanterna, cópias de documentos importantes, se calhar cópia da hard-drive do computador, carregador do telemóvel com bateria externa cheia. Na dos cães, comida, cópias das vacinas, medicamentos se eles estão a tomar, sacos de apanhar caca. Acho que é só...
É lógico que as trelas e os cintos de segurança dos meus cães estariam neles. E subentenda-se que, quando eu digo "comida", estou a pensar também em água. A lista recomendada pelo governo americano é mais longa, mas eu sou uma grande aventureira...

3 comentários:

  1. NFH é muito bom, mas um bocadinho ao lado, ó NFR! :)
    Podes meter a hard drive do computador na nuvem, para ficares com mais espaço livre para levar outras coisas. Eu ainda acrescentava sabão, para lavar as mãos antes de comer e para ir lavando a roupinha. Deve ser por causa destes detalhes banais que ninguém se lembra de fazer de mim uma pessoa famosa...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Helena, eu sou ART ou ARR (A Rita do Texas ou A Rita Reaccionária--não te assustes com este último porque é carinhoso, e eu acho-lhe grande piada).

      Depois de ler a lista do governo americano vi que me faltava muita coisa. Eles até recomendam algumas ferramentas básicas -- como chave de fendas --, fósforos, lixívia para desinfectar água, rádio a pilhas, cobertor, etc.

      Agora vou confessar uma idiotice minha: quando faço viagens com os meus cães, sou mais cuidadosa a empacotar as necessidades básicas deles do que as minhas. Mas também é mais fácil encontrar uma loja com as minhas coisas do que encontrar uma loja no meio do nada com as coisas deles.

      Eliminar
    2. Não é idiotice, Rita. Infelizmente a minha cadela já morreu mas quando ela era viva eu sempre tive muito mais cuidado com ela, com as coisas dela, com o seu bem estar e com a sua saúde do que comigo. Ela sempre viajou comigo para todos os lados e mais alguns e, sendo distraído como sou, era normal ocasionalmente esquecer-me disto ou daquilo. Das coisas dela nunca me esqueci. Essa cadela era o meu ponto fraco e, aliás, ainda hoje animais em geral e cães em particular são o meu ponto fraco.

      Já agora: lixivia e tintura de iodo (tintura mesmo, não Betadine) são fundamentais em qualquer mochila. ;)

      Eliminar

Não são permitidos comentários anónimos.