sexta-feira, 8 de julho de 2016

O porteiro da Goldman-Sachs

Diz o zazie que eu digo asneiras e que, se calhar, só conheço o porteiro da Goldman Sachs ou a mulher da limpeza, se isso. Nunca vi o porteiro mais gordo, até porque é mais provável que a Goldman Sachs contrate com terceiros a posição de porteiro, assim como os empregados de limpeza também são contratados de fora, através de outras companhias. Não são funcionários directos da GS porque muita gente que acaba nesses empregos, especialmente de limpeza, são emigrantes ilegais e, contratando com terceiros, a Goldman-Sachs não pode ser acusada de dar emprego a imigrantes ilegais, o que é ilegal nos EUA. Quando se vive em Portugal, onde o sistema de justiça não funciona e o estado é incompetente, é fácil ignorar estes pequenos detalhes; mas os EUA são, acima de tudo, um país litigioso.

Lamento informar o zazie, que conheço quem tivesse trabalhado na Goldman-Sachs, mas na altura não me ocorreu perguntar como é que foi o processo de selecção. Antes da crise financeira essa pessoa viu que a economia ia para o charco -- toda a gente na GS sabia --, decidiu fechar as posições e liquidar tudo o que tinha, e despediu-se: reformou-se com menos de 40 anos. Vive só do dinheiro que gere, mas a esposa, quando eu o conheci, ainda trabalhava na Goldman-Sachs. O sonho dela era ir para África, abrir um orfanato -- não estou a inventar. Ele nunca me revelou o seu sonho, mas sentia-se aborrecido e decidiu telefonar a uma universidade e perguntar se podia ensinar uma cadeira para passar o tempo. E a universidade disse que sim, ele não se candidatou, ofereceu-se. Eu conheci-o nesse primeiro verão em que começou a ensinar.

A diferença entre quem tem dinheiro ou influência e quem não tem nenhum dos dois é que as regras são completamente diferentes e maleáveis. Acho que devia ser óbvio, mas parece que não...

9 comentários:

  1. Outra coisa- esse paleio do "viver só do dinheiro" nada tem a ver com o outro post que fez e que eu comentei.

    E é de tal modo disparatado que se poderia deduzir que só quem trabalha na Goldman Sachs vive apenas para o dinheiro.

    O que teria muito mais piada e a sua colega de blog Helena Araújo ia adorar, era saber como funciona o lobby gay lá dentro e todas as sessões de politicamente correcto que acontecem.

    Vai de representantes da minoria "das mulheres"; dos gay; dos pretos e por aí fora e têm meetings em média de 3 por semana, com cartazes, t-shirts, palhaçada e mais palhaçada que interrompe o trabalho.

    Diz quem já teve de fazer de "representante das mulheres num dos sectores de matemática-informática financeira que eles próprios dizem que este disparate deve ser para provar aos outros que mesmo assim, com tanta interrupção idiota, ainda conseguem ser os melhores.

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    1. Porque é que decidiu implicar comigo? Eu estou nos EUA e conheço pessoas que trabalharam em Wall Street, logo a minha informação é tão válida como a sua. Aliás, a minha é mais válida porque as pessoas conhecem-me, sabem onde eu estou, onde trabalho, o meu percurso profissional e sabem avaliar se o que eu escrevo é razoável ou não. A zazie, ou lá como se chama, esconde-se atrás de um pseudónimo para poder insultar à vontade sem sofrer consequências. Olhe, minha querida, se não sabe agir profissionalmente, então não comente o que eu escrevo. Não aprecio cobardes, percebeu?

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  2. O seu colega de blog- o Luís Aguiar Conraria, pode explicar-lhe em privado que o que eu afirmei só pode ser verdade, dados os motivos que ele também sabe.

    Aliás, acho que nunca cá tinha comentado e apenas deixei aquela boca porque o disparate luzia a convencimento e é mega-bacorada e patranha por causa do Barroso.

    Foi tiro ao lado- meteu água.

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    1. Não aprendeu a ler na escola? Eu disse alguma coisa acerca de saber como o Barroso foi contratado? Eu disse que seria interessante saber como ele foi contratado e dei três hipóteses razoáveis: ou foi convidado, ou contactou a empresa e ofereceu-se, ou contratou alguém para lhe arranjar um cargo. Aprenda a ler, minha cara, e depois comente.

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  3. V. é burra todos os dias ou só à sexta.

    Explique lá a diferença em assinar como zazie que tem blogue, é conhecia na blogo desde o início e com mais de uma dezena de pessoas que me conhece ao vivo, a assinar Maria da Silva ou algo no género?

    V. anda nos transportes públicos a insultar os cobardes anónimos que não andam de BI ao peito?
    Ou tem por hábito ser porteira e querer saber mais do que a educação aconselha, a quem nunca foi apresentado?

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    1. Eu não a conheço de lado nenhum. E como previ, você é uma cobarde que se esconde atrás de um pseudónimo para insultar à vontade. Se acha que eu sou burra, então isso demonstra, sem sombra de dúvida, o nível da sua capacidade intelectual e social.

      O resto dos seus comentários não serão publicados porque, dado este último que publiquei, são absolutamente redundantes. Acho que está perfeitamente claro o tipo de pessoa que você é.

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    2. Não sei se leu, zazie, mas este blogue tem comentários moderados. Se eu quisesse esconder o que eu escrevi, teria apagado o meu post, o que não fiz. Acho que, mais uma vez, se enganou no diagnóstico.

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  4. Esqueça, Rita. Isto é o lúmpen da internet. E está por todo o lado.

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    1. Obrigada, Isabel. Eu não conhecia a pessoa, mas há sempre uma primeira vez -- ou quem anda a chuva, molha-se... :-)

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