quarta-feira, 1 de junho de 2016

Fecundidade

O Noah Smith escreveu uma op-ed na Bloomberg acerca de ideias para rejuvenescer a população japonesa, a mais idosa do mundo. Portugal tem a quinta mais idosa do mundo. Leiam o artigo para saber mais...

Japan would like to stabilize its rapidly aging population, and there are really only two ways to do that. It can let in tons of immigrants, or it can find some way to raise fertility. Otherwise, it had better resign itself to decades of sluggish economic growth, as hard-working young people are required to carry a larger and larger pyramid of retired old people on their backs. Its social security system will go bankrupt, the health care system will struggle, and interest rates might stay at zero permanently.

So, if Japan wants to avoid that, does it go with immigration or does it promote higher birth rates? The U.S., Canada, Australia and most of the other large countries of the Anglosphere have gone with the former, as have a few city-states like Singapore. But given the backlash against mass immigration in Europe, and the general turn against globalization in the developed world, a giant wave of imported population seems an unlikely solution for Japan. That leaves fertility as the main option.

Fonte: Noah Smith, Bloomberg

Adenda: O LA-C disse-me que "fertility" é traduzido como "fecundidade". Desde que eu entrei para este blogue, já aprendi tanta coisa. Até noto que o meu cérebro está um bocadinho mais ágil. A sério -- não estou a brincar!

7 comentários:

  1. Em 2015, na minha região, o Médio Tejo, foram registados 3329 óbitos e 1536 nascimentos.

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  2. Porque é que nunca vejo ninguém a discutir o que é que fizeram os suecos?

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    1. Foram eles que começaram a ensinar os jovens a ter sexo na escola e deixaram de colocar ênfase em contracepção? Ou esses foram os dinamarqueses?

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    2. Não me parece que tenham sido os suecos. Quando eu comecei a frequentá-los, há uns 30 anos, eles já eram muito à frente mas tinham um grave problema demográfico e estavam abaixo da reposição das gerações. Umas décadas mais tarde, acho que lá por volta do ano 2000, voltei a Estocolmo e só via carrinhos de bébé por todo o lado, muitas vezes com 2 crianças muito pequenas e até uma terceira minúscula a andar ao lado. Os meus amigos explicaram-me várias coisas sobre licenças parentais extremamente generosas, que eram particularmente interessantes para os casais que tinham um segundo filho muito próximo do primeiro.

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    3. E não referiram as licenças exclusivas para pais (machos)? E as campanhas que fizeram a partir dos anos 70, e com mais força nos 80 para que os homens tomassem conta das crianças e deixassem de ter medo de mudar fraldas? Isabel, se ler com atenção o que eu escrevo verá que o caso sueco está bastante presente.

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    4. Todas essas coisas já existiam na altura em que tinham o tal grave problema demográfico, acho eu. Pode ser que tenham demorado tempo a surtir efeito, claro, mas a impressão com que fiquei foi que tiveram de tomar outras medidas para inverter a tendência. Presumo que isso há-de estar tudo explicado algures (é uma gente muito organizada e que adora estatísticas, embora aparentemente também as invente de vez em quando), mas ainda não encontrei em inglês. E o meu sueco não é suficiente para ler artigos sobre demografia.

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    5. "Todas essas coisas já existiam na altura em que tinham o tal grave problema demográfico, acho eu."

      De forma alguma. É um processo que foi iniciado há 30 anos, mas que não está, de todo, concluído. Ainda este ano entrou em vigor uma nova lei para aumentar a paridade nos gozos da licença de parentalidade.
      O reforço destas leis tem acompanhado o pequeno aumento da natalidade. O índice sintético de fecundidade na Suécia ainda é inferior a 2, o valor mínimo para haver renovação de gerações

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