terça-feira, 28 de junho de 2016

Benefícios do Brexit


28 comentários:

  1. Bom, quando contrasto essas vantagens todas com estar 15-20% mais pobre, realmente dou por mim a pensar que a saída foi excelente ;)

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  2. Eu já fui abutre e comprei hoje uns livros à amazon.uk.

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    1. Dificilmente isso é ser abutre. Abutre era vender libras a descoberto. A Alexandra está a mitigar o problema, comprando libras e vendendo euros.

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    2. Bolas! Andei eu uma manhã a ter problemas morais para nada!

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  3. O principal benefício do Brexit é a desvalorização da Libra e do euro que levarão inflação a quem dela precisa e a mesma retirarão aos emergentes que dela estão fartos. Era difícil tomar uma medida mais eficaz no sentido de consertar a economia mundial.

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    1. Inflação na zona euro percebo, e acompanho. Inflação no RU custa-me entender como é que pode ajudar uma economia que está toda ela focada nos serviços financeiros, e que destruiu capacidade produtiva na indústria e agricultura, e importa uma parte muito substancial do que consome.

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    2. Isto não consertou a economia mundial; pelo contrário, causou uma maior divergência, pois empobreceu o Reino Unido, destruindo riqueza e confiança. É difícil crescer quando não há confiança e destrói-se confiança muito mais rapidamente, do que se ganha.

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    3. Precisamente, Luís. O resultado do Brexit favorecerá a indústria e a agricultura em detrimento do entreposto de serviços financeiros em que a economia inglesa se transformou. Tudo o que contribua para o rebalanceamento do capital que circula entre economia produtiva e a especulação financeira é bem-vindo. Teria sido muito útil a Portugal há uns anos atrás.

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    4. Aconteceu na quinta-feira passada. Não consertou e pode até nem consertar. Mas pode contribuir. A consequência cambial não é outra do que aquela que o BCE, em desespero e já sem munição, anda a procurar há algum tempo.

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    5. Quanto à confiança, será tanto maior quanto os processos e instituições transmitirem a imagem de ser democráticos. Dói um bocadinho na surpresa mas logo tudo recompõem.

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    6. NG, repare que a minha pergunta incluiu "e que destruiu capacidade produtiva". Quanto tempo demoraria para investir e construir novas fábricas e treinar pessoal especializado (sendo que a importação deste pessoal estará dificultada)?

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    7. Os EUA são uma potência mundial na agricultura e empregam pouquíssima gente. Se o RU estiver à procura da agricultura para crescer, o desemprego estrutural será enorme. Até porque a meteorologia deles não é propriamente a ideal para produzir muita coisa. E irão competir com países com mão-de-obra e preços de terreno muito mais baratos. Mesmo na indústria, a vantagem deles é no design, não é na manufactura, logo quem está desempregado agora por ser pouco qualificado, continuará desempregado.

      Usando a filosofia de crescimento do NG, então arranje-se uma guerra, destrua-se tudo, e, depois, que remédio senão construir outra vez, o que irá gerar crescimento, sem dúvida. É uma forma muito mais eficaz de reequilibrar o mundo.

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    8. Rita, guerra é o que é provável acontecer quando os governos e as relações entre nações são orientadas com políticas contrárias à vontade dos seus povos.
      Ninguém fala que o futuro dos ingleses passa por ter a maioria da população a sachar batatas. Mas se tivessem tido, até aqui, governos tão intransigentes na defesa da sua agricultura e da sua indústria, como têm tido os EUA (não tivessem por exemplo, deitado a mão à indústria automóvel com biliões de dólares, na crise de 2008) talvez a vontade de mudar de rumo não fosse tão grande.

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    9. A propósito de agricultura, não li tudo, mas é muito interessante:
      http://www.lrb.co.uk/v38/n12/james-meek/how-to-grow-a-weetabix

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    10. Os britânicos nunca voltarão para o campo sachar batatas. Está tudo mecanizado; é mais barato produzi-las noutros sítios do mundo. Até nos EUA, durante a recessão, eram os mexicanos que colhiam frutas; poucos, ou nenhuns, americanos desempregados estavam interessados.

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    11. Isso foi assim no pós guerra, quando havia a memória da fome e da carestia. Agora, que é tempo de abundância, o valor estará cada vez mais na consciência de consumir fresco, sustentável e local.

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    12. Pessoas que cavam batatas irão ganhar o suficiente para comer mangas e ananázes que crescem nas estufas inglesas? E beberão "vinho do Porto" doméstico? Acho que o NG ainda não fez os orçamentos de produção.

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    13. É. A base da alimentação do povo inglês são mangas e ananases acompanhados de vinho do Porto.

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    14. Não, NG, o que é bom é comer meat and potatoes, que é a dieta que o NG quer para os ingleses. Eu usei ananázes porque foram uma das primeiras frutas que os ingleses produziram nos seus "conservatories", no século XIX, porque havia um grande fascínio por frutos tropicais, algo que o NG deveria saber dado o seu extenso conhecimento de agricultura.

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    15. Faltou-me explicar o vinho do Porto. Portugal começou a produzir vinho do Porto, depois de Inglaterra e Espanha entrarem em guerra, e os ingleses deixarem de ter acesso ao vinho fortificado espanhol. Ora, estando tanto Espanha, como Portugal dentro da UE, ou os ingleses pagam mais caro pelo vinho ou arranjam outra maneira de o produzir.

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  4. Podiam ter isto isto depois do Verão, depois dos bifes terem largado cá a massa. Os bifes e o Luís.

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    1. O Luís tem uma procura inelástica por Portugal, infelizmente. É a minha droga preferida.

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    2. Welcome! Com muitas ou poucas quid :-)

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  5. Rita, simpática menina Texana, permite-me umas quantas perguntinhas capciosas referentes a alguns dos teus bullets.

    1) Associas gente que está a pedir a cidadania Irlandesa a ser gente que se sente Europeia. Deixa-me perguntar-te então; os milhares que, nos últimos anos, têm gasto centenas de milhares de USD para pedir nacionalidades da Dominica, de Grenada ou de SKN sentem-se Dominicos, Grenadinos ou Kittianos?

    2) Concordo com o bullet sobre a rapariguita lá do BE. É o esperado e basta ler Lenin para, mais do que esperar, entender a coisa.

    3) A UE só tem que mudar "qualquer coisinha"? :D Pela parte que me toca o ideal seria implodir e reverter ao que era a CEE. Isto enquanto é tempo. É que pode bem chegar um ponto em que a acrimónia é tanta e as recriminações mútuas tão azedas que dos cacos nem isso conseguirá aproveitar-se. O que será uma infelicidade.

    4) Sobre Alemanha e França liderarem as mudanças na UE, bem, a ideia de Miterrand era uma Europa liderada politicamente por França e paga pela Alemanha. Parece-me que o velho adágio de que quem paga, manda, afinal, está a aplicar-se e a Alemanha paga, lidera e, quando necessário, manda. Não que tenha alguma coisa contra a liderança Alemã. É gaziliões de vezes preferivel à Francesa. Não sei é se países soberanos com histórias de séculos aceitam ser capachos dos Alemães. Em relação à participação de Portugal nesse processo de mudança, pois, enfim, sonhar não custa! Nos termos em que propões, ou seja, país sustentável e que não cresça à base de dívida, isso não é sonho, é desvario utópico! :-)

    5) Mas tu tens mesmo uma sapa?!

    6) Afinal quem é esse Oliver de que tanto tens falado mas cujo nome nunca tinha ouvido?

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