quinta-feira, 26 de maio de 2016

Confiança e falta dela

Hillary Clinton recebeu uma grande derrota: uma avaliação negativa da sua conduta no caso do servidor de emails que manteve enquanto Secretária de Estado dos EUA; ela não tinha autorização para usar um servidor de email privado. Ela diz que tinha recebido autorização para o usar, mas não há provas de que sequer pediu autorização e o Inspector Geral do Departamento de Estado diz que, se ela tivesse pedido, esta teria sido negada. Outros Secretários de Estado, como Colin Powell, já tinham usado email privado para efeitos oficiais, mas quando ela chegou a Secretária de Estado, tal prática já era desencorajada e proibida, logo ela não tem desculpa para o que fez.
Relativamente ao resto da campanha, se ouvirem ou lerem falar acerca das eleições presidenciais americanas, ficam com a impressão de que Hillary Clinton não é muito fidedigna. As pessoas acham que ela mente ou distorce os factos muito mais do que os outros candidatos. Todos os candidatos distorcem alguma coisa e ela, nesse aspecto, não é diferente. Mas a impressão que temos é que ela é muito pior. Quem faz a verificação dos factos não a toma como assim tão má relativamente aos outros.
Ainda não percebi se a impressão que se tem ao ouvir as pessoas falar de Hillary Clinton corresponde a esta eleição, à eleição contra Barack Obama, ou se se deve a outra coisa. Fica aqui o infográfico do Star Tribune, um jornal de Minneapolis/St. Paul, e podem ler o artigo que o acompanha na página de Internet:

1 comentário:

  1. Eu penso que a percepção de que Hillary Clinton não é digna de confiança não terá muito a ver com as suas declarações de carácter estritamente político, nas quais, concordo, não é pior que o político médio.

    Penso que essa imagem que dela o eleitorado tem se prende mais com histórias passadas e actuais, como o caso Whitewater e o "desaparecimento" dos documento da Rose Law Firm, os quais, mais tarde, apareceram "inesperadamente" no sótão da Casa Branca e como o caso ainda em curso do uso de email e servidor privados enquanto Secretária de Estado, onde ela tem alterado a versão do sucedido conforme novas revelações têm surgido.

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