segunda-feira, 23 de maio de 2016

É estranho ou talvez não

É estranho ver “a geração mais qualificada de sempre”, como alguns não se cansam de dizer, a ajoelhar e a rastejar sob as ordens dos “doutores” nas praxes académicas. Há aqui alguma coisa que falhou. Que não bate certo com a narrativa oficial. Ou talvez não, se considerarmos que qualificação não é o mesmo que educação. O que é afinal uma pessoa educada? Convinha se calhar começar por esclarecer este ponto antes de avançarmos com qualquer discussão sobre a educação em Portugal. Ou talvez o ministério da educação devesse antes chamar-se ministério da instrução ou da qualificação, para as coisas ficarem mais claras.

14 comentários:

  1. Acho que eles só são "a geração mais qualificada de sempre" quando saiem da universidade, não quando entram.

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  2. Pelo que leio por aí, uma pessoa como eu, que discorda de muita gente, é mal-educada e pouco qualificada. Acho que ser educado em Portugal é ser subserviente aos outros e, nesse aspecto, a geração de caloiros demonstra ter uma educação de muito bom nível.

    Disclaimer: Eu fui praxada e andei de gatas e fui baptizada com a água de uma fonte por um penico e, mesmo assim, não conseguiram subverter-me completamente. No entanto, a minha madrinha pedia-me autorização antes de fazer as praxes e também me dava dicas acerca das cadeiras do curso e de como estudar para elas. O problema pode não ser tanto os caloiros, mas os "doutores".

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  3. "O problema pode não ser tanto os caloiros, mas os "doutores".
    És capaz de ter alguma razão. Não é fácil a um jovem de 18 anos, que não conhece ninguém, dizer não à praxe ou, pelo menos, a certos rituais abusivos. Houve também uma demissão dos professores e das classes dirigentes do ensino superior que preferem tapar os olhos e ignorar o que se passa à sua volta. Depois, ao contrário do que acontece noutros sítios, em Portugal não há uma cultura de acolhimento institucional (algumas instituições estão a fazer um esforço nesse sentido nos últimos tempos e a Universidade do Minho é um bom exemplo), o que deixa um vazio que é preenchido pelas praxes. Enfim, é um fenómeno complexo e não é exclusivo de Portugal. Todavia, na maioria dos países civilizados é um fenómeno que tem vindo a regredir, enquanto em Portugal tem vindo a aumentar, o que não abona nada a nosso favor. Nos EUA, sabes se é uma prática habitual na maioria das universidades? Há relatos de abusos nos media?

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    1. Nos EUA, as praxes universitárias ocorrem dentro do sistema grego (as "sororidades" e as "fraternidades"). Há problemas regularmente com as praxes dentro das fraternidades porque costumam ser mais violentas e, por vezes, também há mortes. Uma causa comum é envenenamento por excesso de consumo de álcool. É normal as fraternidades serem expulsas do campus quando há conhecimento de praxes (ou outras práticas) mais ofensivas ou violentas.

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  4. JCA, fui praxado e gostei muito. E pelo menos onde fui (FEUP, no Porto) era completamente voluntário - havia pressão para ser praxado? Havia, mas nunca de forma abusiva (e nos 5 anos de curso, só me lembro de dois casos na Faculdade que deram problemas e foram rapidamente resolvidos internamente).

    É óbvio que não é para todos e concordo igualmente que serve, em grande parte, como substituição do acolhimento institucional. Mas mesmo este, se não existir um envolvimento efectivo, não funciona: a minha mulher quando foi estudar para Sheffield teve "acolhimento institucional" feito pela Universidade em colaboração com a Associação de Estudantes e detestou - não tanto pelo acolhimento em si (que foi bom), mas pelo abandono total após as duas semanas de "acolhimento" (i.e. acabou o acolhimento, agora desenrasquem-se).

    Mesmo na FEUP existiam grupos anti-praxe (o MATA, por exemplo) que promoviam a "integração saudável sem coacção" sendo que, na prática e depois de convencerem as pessoas a não serem praxadas, as deixavam soltas. O resultado final foi de que, "não oficialmente", os caloiros eram incentivados a apoiar os "anti-praxe" para não andarem abandonados...

    Nestas coisas das praxes o que me preocupa são os abusos. Não considero que as universidades se devam intrometer até ao momento em que abusos (não voluntários - abusos são diferentes de irresponsabilidade e estupidez) ocorrem: nesses casos devem investigar com a devida diligência e punir os culpados.

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  5. Eu sinceramente cansei-me desta discussão há muito tempo, e tive-a mais que uma vez com diversos professores (como o Fernando por exemplo).

    Eu fui praxado e praxei (muito), mesmo após o meu ano de doutor.
    Olhando para trás, pode não fazer tanto sentido, mas na altura fez, tanto como caloiro, como como doutor, abade, etc.
    A incapacidade das pessoas anti-praxe de respeitar a praxe e os que nela participam tem uns pontos em comum bastante assustadores com a incapacidade que as pessoas que levam a religião muito a sério têm de aceitar e respeitar as crenças (ou falta destas) das pessoas que não seguem a mesma religião.

    Das muitas discussões que tive sobre o assunto, aprendi que, como com a religião, discussões não levem a lado nenhum, porque nenhum dos lados está disposto a levar a sério os argumentos e/ou explicações dos outros. Nem sequer a tolera-los na maioria das vezes.

    Deixo aqui um desafio: O Luis, ou o Fernando ou o João, que façam uma lista dos 20 ou 30 alunos que passaram pela licenciatura de economia desde que eles lá estão com maior sucesso profissional. Eu depois encarrego-me de fazer as estátisticas sobre quantos foram anti-praxe, quantos foram praxados e praxaram, e quantos se arrependem de o terem feito.

    Pode ser que aí o José Carlos finalmente perceba que na realidade não falhou absolutamente nada.

    DURA PRAXIS SED PRAXIS

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  6. Nada tenho contra as praxes. Quem as aceite e ache piada pois faça o que quiser e se esse querer envolve andar a fazer figurinhas tristes pois é lá consigo. No primeiro curso em que estive recusei-me a ser praxado. Dado os mais velhos não quererem entender um "não" eu tentei levar a bem, evitando-os como forma de não haver problemas. Se os via num lado eu ia para o outro. Evitava ir pelos sítios onde sabia que aquela gente andava. Até ao dia em que fui rodeado por sete cretinos. Aí tornei-me particularmente desagradavel, os cretinos arrependeram-se do que tentaram fazer, um em particular ficou especialmente assustado e, como resultado, ninguém daquela gente e apaniguados me falou mais. O que, por seu lado, não me incomodava minimamente dado eu ter uma vida social muito intensa fora da faculdade e não tinha nem tempo nem interesse na vida social académica. O ponto importante aqui, porém, é que aqueles parvos não entenderam um não. Tentaram forçar-me, violentar o meu direito a não ser praxado e só perceberam que não me iam praxar quando respondi à força com força em triplo. Aí perceberam e deixaram-me em paz. Agora, a questão é que eu sei defender-me, desde muito moço que sei perfeitamente defender-me e, por isso, não fui praxado. Alguém com menores capacidades para o uso da força seria humilhado em contra da sua vontade. E isto não é aceitavel. Um simples "não" deveria ser suficiente. Mas não é. No ano lectivo seguinte entrou na mesma faculdade um amigo que também não queria ser praxado. Eu tomei-o sob minha protecção e, unicamente por esse motivo, deixaram-no em paz. Isto não é aceitavel.

    No segundo curso, esse não em Portugal, não fui praxado nem nada do género.

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    1. Estou totalmente de acordo consigo. E que me desculpem os que acham graça à coisa, mas a praxe consiste em alunos mais velhos, em grupo, num ambiente que conhecem, humilhar colegas mais novos, muitos deles fora de casa pela primeira vez na vida, num ambiente que desconhecem e sem saberem se podem contar com a solidariedade dos colegas em idêntica situação. Isto é muito feio, seja qual for o enquadramento que queiram dar. E, por vezes, provoca sérios estragos psicológicos - sei do que falo. Há já alguns anos avisei os responsáveis da FEUP para que "contassem" comigo se alguma coisa mais grave acontecesse - tinha, e tenho, guardados os email's a denunciar o que então se passava, não vá dar-se o caso de invocarem o desconhecimento. Felizmente os actuais responsáveis estão bem mais atentos ao problema; e, já agora, a maioria dos estudantes da FEUP está-se a "marimbar" para a praxe.

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  7. Numerosos praxistas e praxados parecem viver, implícita ou inconscientemente, a memória da generalização de múltiplas hierarquias intermédias, ora nas empresas ou nos serviços públicos, e os progressos não têm sido suficientes na própria "geração mais qualificada de sempre", nem entre as demais.

    Há escolas mais decentes que outras e até haverá, nesse meio, quem saiba a diferença antropológica entre RITUAIS e RITOS. Todavia, e na actualidade, dispomos meios bastante melhores que esses, uma simples opção em certas condições. Tem é de ser algo orientado por quem saiba o que está a fazer e nunca, mas NUNCA, por praticantes de violência gratuita e por quem aceite recebê-la.

    E, querendo defender praxes, um universitário, ou ex-universitário do nosso tempo tem de saber um pouco mais e melhor que compará-las com religiões. A não ser que aceite CULTS...

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  8. Obrigado a todos pelos comentários bastante interessantes, que me dão que pensar. Confesso que para mim é difícil compreender o fenómeno, nomeadamente questões como a "submissão" , a legitimidade em exercer um poder sobre os caloiros pelo simples facto de ser ter mais matrículas, as hierarquias "artificiais" que são criadas entre os estudantes. Admito que haja boas intenções subjacentes ao fenómeno - acolher e integrar os caloiros -, mas parece-me que há sempre o risco de as coisas descambarem, de alguns se aproveitarem desse poder arbitrário. De qualquer maneira, não me parece boa ideia posições radicais como a proibição legal das praxes- foi feita em França em 1998, depois de uma série de abusos, mas acho que as coisas não estão a funcionar melhor agora, uma vez que as práticas se tornaram clandestinas.

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  9. Sinceramente acho muito complicado criarem-se alternativas viáveis. Vão fazer o quê, jogos ludicos tipo ATL?
    As pessoas esquecem-se de que com os gritos, a "submissão", as flexões e as figuras rídiculas também vêm as noitadas, os copos, o apoio e os amigos (Por coincidência vou ao casamento de um dos meus doutores em Julho. Tenho que dar prenda e voar para portugal ao fim de semana, o que não é propriamente barato. Se calhar devia mudar de ideias, dado o quanto ele me subjugou!)
    E pelo menos que toca à parte mais notívaga da integração, não me parece que haja qualquer possibilidade de a universidade tomar a seu cargo a organização da recepção ao caloiro, ou o rally das tascas ou actividades afins.

    Como o José disse e bem, proibir a praxe só a torna clandestina, o que só vai aumentar os riscos associado à mesma - um risco que também aconteceu quando a UM a proibiu de ter lugar no campus, empurrando-a para locais mais remotos onde os tais abusos são mais fáceis de esconder. Eu percebo o argumento oficial que se baseia nas pertubações ao funcionamento normal da universidade e das aulas (e que faz todo o sentido). Agora não me tentem convencer que esse era o objectivo principal da medida.

    E relativamente à incapacidade das pessoas que não a vivem (como o José Carlos) de a compreenderem, é legítimo. Mas pode não se perceber e ainda assim se aceitar, ou pelo menos tolerar. Da mesma maneira que um ateu nunca conseguirá perceber verdadeiramente o que sente ou pensa uma pessoa devotamente religiosa, voltando ao paralelismo usado no meu comentário anterior.

    Uma coisa que me faz confusão nesta discussão é a história do "coitadinho", e da falta de protecção de quem é anti-praxe. Desculpem lá, mas isso é uma valente treta. Que as pessoas anti praxe tenham mais dificuldade em integrar-se socialmente, principalmente quando vêm de fora, só prova o valor da praxe. E quanto a serem ostracizados, isso não passa de umas piadas, e obviamente da inegibilidade de fazerem parte da praxe propriamente dita. Mas eu continuei a sair a noite e a jogar a bola com o pessoal anti-praxe. Mais, o meu irmão é anti praxe e nunca sequer me dei ao trabalho de o tentar convencer.
    E para acabar, salvo as excepções da malta que nasce depois de Outubro, as pessoas quando começam o curso são maiores e vacinados. Se têm idade para conduzir, têm idade para dizer que não. Seja ao que for. Se atropelarem alguém a cair de bêbados podem ser presos. "With greater power comes great responsability".

    E queria acabar com uma palavra de apreço ao José Carlos por, num post claramente contra a praxe, ter evitado usar os exemplos de duas ou três tragédias para atacar toda uma prática, como infelizmente se viu por essa país fora, numa prática de todo detestável.

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  10. Caro André Gama, uma nota sobre o penúltimo parágrafo do seu comentário. O comentador Manuel Figueiredo aludiu à dificuldade que um jovem de 18 anos, facilmente influenciavel e sob pressão de grupo, tem em dizer não a uma praxe académica. O André contrapõe com a possibilidade de dizer "não". É efectivamente difícil. Dificuldade essa tanto pela pressão da envolvente como pelo receio de agressões. Estou de pleno acordo com o que diz o comentador Manuel Figueiredo. Cabe aos praxeiros perceber e aceitar um "não" sem quaisquer comentários ou pressões adicionais. Dada toda a envolvente são percebidos - apenas isso, percebidos, porque na realidade não estão embora seja dificil a um jovem que cai num meio estranho de para-quedas fazer essa distinção - como estando numa posição superior. E isto não indo já pela inversa, ou seja, pela necessidade de aceitação expressa de ser praxado antes de efectivamente sê-lo.

    Repare, eu tive que recorrer à força física, bruta e que deixou seis palermas com os olhos arregalados e o palerma-chefe bastante assustado - mais assustado do que mal tratado mas ainda assim algo dorido certamente e, isso sim, com o ego muito magoado - para não ser praxado. Só assim entenderam, isto ao fim de vários dias de inequívocos nãos da minha parte e sabendo eles que eu não achava piada absolutamente nenhuma a esse tipo de humor. Isto parece-lhe aceitavel? A mim, de todo em todo, não.

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  11. "E para acabar, salvo as excepções da malta que nasce depois de Outubro, as pessoas quando começam o curso são maiores e vacinados. Se têm idade para conduzir, têm idade para dizer que não."

    Posso garantir que, face às praxes feitas no ISEG no principio dos anos 90, era praticamente impossível dizer que não (a menos que recorresse talvez à agressão física contra os praxadores).

    a) Se chegam ao pê de nós e começam a pintar-nos, o que se pode fazer? Ok, poderiam-mos experimentar dizer que não (e não sei se alguém tentou), mas o que ouviamos toda a gente dizer era que, se "afinássemos" era pior

    b) Se os "veteranos" (isto é, os alunos do 2º ano) nos iam buscar às salas para a praxe e se faziam uma muralha humana intransponível em que o único caminho possível era em direcção ao recinto da praxe (o campo de basquete), o que é que poderíamos fazer?

    Pronto, possivelmente alguém que se recusasse mesmo a ser praxado poderia provavelmente recusar-se a andar em direção ao recinto da praxe, e talvez ao fim de algum tempo de desobediência civil os veteranos dissolvessem a muralha e o deixassem ir embora, mas não é algo que fosse simplesmente dizer que "não" (implicaria tomar uma atitude de se recusar a andar, ficar não sei quanto tempo parado, e isto sem saber quando é que a "muralha" o iria deixar ir embora).

    Ou, claro, poderiam simplesmente ir-se embora disfarçadamente ao ver que a muralha se estava a começar a juntar, mas não sei se podemos chamar a isso "facultativo".

    Dito isto, a conversa "só é praxado quem quer, mas claro, quem não é praxado depois não pode participar nas atividades académicas" é errada para os dois lados - se por um lado a praxe é (ou pelo menos era) claramente imposta, por outro lado, a partir (inclusive) da noite de sexta-feira da primeira semana de aulas já ninguém ligaria nada a se alguém tinha sido ou não praxado.

    Mas também é possível que uma praxe de uma semana tenha dinâmicas bastante diferentes (para ambos os lados) que uma praxe de meses.

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  12. "a) Se chegam ao pê de nós e começam a pintar-nos, o que se pode fazer? "

    Há várias possibilidades. Uma torção rápida do braço pintador, rodando de dentro para fora, causa ao atrevido uma forte dor no cotovelo e ombro forçando-o a tombar para o lado da rotação. Depois cabe a quem se defende optar por fazer o pateta cair mesmo estatelado no chão ou deixa-lo ir-se embora a meio. Fazer uma chave é também extremamente eficaz e tem a vantagem de deixar o atacante practicamente indefeso, à mercê de quem se defende e a servir de escudo entre a vítima e os restantes agressores. Causa ainda algum pânico em quem está em redor o que é bastante útil quando o objectivo da defesa é não só impedir o ataque directo como também prevenir que terceiros ataquem também. Outra possibilidade, esta muito embora com potencial para graves efeitos adversos, indesejaveis e que se ocorrerem significa que a defesa foi muito além do ataque e pode ser considerado excesso de legítima defesa, muito rapidamente, num movimento só, saltar para trás do atacante e fazer-lhe um «neck choke». Não sei como se diz em Português. Se for feito do lado esquerdo leva o atacante a desmaiar nuns segundos, se do lado direito causa uma sensação terrivel no cérebro como se este estivesse a explodir. Nota, isto só em casos extremíssimos em que é necessário controlar uma multidão pelo exemplo, dado poder, mediante certas circunstâncias, matar o agressor. Os neck chokes não podem, sequer, ser usados por várias polícias pelo mundo fora. Outra hipótese, uma mãozada (não murro, note-se, dado um murro poder causar danos graves) rápida, firme, na maçã de adão do atacante. Causa uma impressão extremamente desagradavel na traqueia do agressor que leva imediatamente a pararem as veleidades. Fora esta impressão momentânea é inócuo.

    E, Miguel, podia estar aqui o resto da tarde a dar exemplos sobre "o que se pode fazer" perante um ataque. É ser bruto? Claro que não. É apenas defesa dum ataque como se de qualquer outro se tratasse. Isto porque uma praxe feita a quem não quer ser praxado é um ataque como qualquer outro e a vítima tem o direito de defender-se exactamente como a vítima dum qualquer atacante o tem. Há um ataque, há uma defesa. Assim de simples.

    Agora, é triste tratar quintanistas como se de vulgares carteiristas se tratasse? Sim, sem dúvida que é. Mas quem não quer ser lobo, que não lhe vista a pele.

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